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Thiago Silva defende Tite, cita morte da mãe e pede crítica inteligente

Danilo Lavieri

Do UOL, em Praga (República Tcheca)

27/03/2019 12h00

Thiago Silva deixou o estádio em Praga, na República Tcheca, após a vitória por 3 a 1 contra os donos da casa, rasgando elogios a Tite. O experiente zagueiro afirmou que o comandante mostrou todo o seu repertório durante a partida e não poupou elogios ao comandante.

O atleta do PSG ainda destacou que o comandante passa por uma fase particular delicada com a morte da mãe e que o encontro durante esses dias na Europa reforçou o profissionalismo dele.

"A gente conhece o Tite e sentiu que ele estava mais reservado pela perda grande que ele teve recentemente. Só quem perde sabe a dificuldade de se reerguer. Ele mostrou profissionalismo, estava aqui para dar respaldo para os jogadores novos, deu chances para os que estavam e recebeu muita crítica depois do empate. É claro que o ser humano sente. Ele foi mentalmente forte, que é o que pede para a gente. No meu modo de ver, ele tem muita coisa a passar para a gente ainda. Já passou grandes coisas e tem muito a passar. Ele é um dos melhores com quem eu já trabalhei", analisou.

Assim como Casemiro, Thiago foi a público para afirmar que o período é de renovação e que é normal que a equipe oscile em alguns momentos. No empate em 1 a 1 com o Panamá, a equipe foi vaiada em Portugal, no Porto. Contra a República Tcheca, chegou a preocupar pelo péssimo primeiro tempo.

Para o zagueiro, a memória do brasileiro é curta. Ele afirma que não há problema nas críticas apresentadas, mas disse que elas poderiam ser mais inteligentes.

"As pessoas esquecem rápido. As pessoas pedem reformulação, pedem jogador novo e, quando faz isso, eles criticam. Tem que oportunizar. É normal. Foi a última convocação dele antes da Copa América. Faz parte ser criticado, mas tem que ter melhor entendimento do que está passando. Deve criticar e faz parte, faz parte do jornalismo, mas se pudessem ser mais inteligentes saberiam que ele está fazendo isso para o bem da seleção", afirmou para depois citar alguns exemplos.

"O Neres entrou e parecia que já tinha 25 convocações, uma personalidade incrível. Deu conta do recado. O Arthur com toque de bola foi envolvente. Não são 11 jogadores. O grupo importa".

A seleção será convocada no dia 17 de maio e começa a se concentrar no dia 20, em Teresópolis. A estreia está marcada para o dia 14 de junho, em São Paulo, contra a Bolívia.