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São Paulo aprova fundo de investimento com contrato da Globo como garantia

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

28/03/2019 22h56

A reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo teve a apresentação e a aprovação de uma proposta para a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fidc). A ideia é captar verba para pagamento de dívidas e reforçar o caixa do clube. No caso, o contrato de direitos de transmissão com a Rede Globo serve como garantia aos investidores.

De acordo com a explanação feita pelo diretor executivo financeiro, Elias Albarello, o programa prevê a captação de recursos do mercado com juros baixos (cerca de 10% ao ano). Serão 37 mil cotas de R$ 1 mil cada - o valor mínimo para investimento é de R$ 200 mil. Ou seja, R$ 37 milhões para serem obtidos. A pretensão é de colocar o fundo no mercado a partir de abril.

Em junho do ano passado, como publicou o Blog do Perrone, o prosseguimento do projeto de estruturação do fundo havia sido aprovado pelo Conselho de Administração. O destino principal da verba é o pagamento de dívidas trocando débitos com vencimento a curto prazo por longo prazo e juros inferiores. Outra intenção é usar a receita para melhorias no Morumbi, nos CTs da Barra Funda e de Cotia e na área social do clube. A contratação de jogadores com parte dessa quantia não é prioridade, mas pode acontecer.

Balanço

Ainda no encontro de hoje à noite, no Morumbi, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou o balanço de 2018. Segundo a peça, que já havia sido aprovada pelo Conselho de Administração, o Tricolor teve uma receita de R$ 410 milhões, sendo que R$ 370 milhões estavam destinados aos gastos com o futebol. Apenas dois conselheiros foram contrários à obra.

O clube também apresentou um superávit de R$ 7 milhões. Tal desempenho só pôde ser alcançado nas contas por causa da venda de jogadores, como a do Cueva (para o Krasnodar, da Rússia, por R$ 36 milhões). A receita líquida com a transferência de atletas é de aproximadamente R$ 130 milhões.

Para 2019, o São Paulo prevê uma receita de R$ 471 milhões, com despesas de R$ 470 milhões e, consequentemente, superávit de R$ 1 milhão. Já a expectativa é obter R$ 120 milhões com a venda de atletas. Em 2017, a balança apontou R$ 15 milhões positivos entre receitas e despesas. Os últimos prejuízos foram registrados em 2014 e 2015.

Nos últimos cinco anos, o clube arrecadou aproximadamente R$ 600 milhões com transferências - sendo a média por temporada de R$ 120 milhões.

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