STJD mantém jogo contra Ponte, e Aparecidense ameaça parar Copa do Brasil
Em sessão realizada na tarde de hoje, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) indeferiu a Medida Inominada da Aparecidense-GO que pedia a anulação do julgamento que resultou na impugnação da partida contra a Ponte Preta, pela primeira fase da Copa do Brasil.
Desta forma, a polêmica partida do dia 12 de fevereiro - que terminou com vitória por 1 a 0 do time goiano e, teoricamente, eliminaria a Ponte Preta - segue anulada, e um novo confronto será disputado na próxima quarta-feira (3) para definir que avança para a segunda fase.
De acordo com Alessandro Kishino, advogado da Aparecidense, 'a diretoria está avaliando a possibilidade' de ir à Justiça Comum, o que poderia paralisar a Copa do Brasil. "Se o caminho for esse, a ideia é pedir a anulação dos julgamentos e garantir que a Aparecidense jogue a segunda fase contra o Bragantino-PA. Mas, como disse, a diretoria está vendo qual caminho seguir", explicou.
"Novamente nos desapontamos [com o julgamento do STJD]. Estávamos confiantes no sucesso", acrescentou o representante jurídico do clube goiano em entrevista ao UOL Esporte.
Ainda segundo Alessandro, a diretoria da Aparecidense deixou o STJD e seguiu direto para a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro.
No dia 22 de fevereiro, o STJD anulou a partida entre Ponte Preta e Aparecidense por considerar que houve interferência externa no lance que anulou o gol da Ponte Preta, aos 44min do segundo tempo.
Cinco dias depois, o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, indeferiu o pedido da Aparecidense para impugnar o julgamento. Os advogados questionavam a participação de um auditor suplente no julgamento que anulou a partida.
Hoje, porém, o Pleno do STJD indeferiu a Medida Inominada da Aparecidense, que solicitava a anulação do julgamento.
"Na minha concepção, me causa surpresa aqueles que entendam que houve manipulação de quórum. Busco a legalidade em todos os julgamentos. Não era ilegal a convocação", concluiu Paulo César Salomão Filho.
Relembre a polêmica
A derrota da Ponte Preta por 1 a 0, em Aparecida, dia 12 de fevereiro, contou com ares dramáticos no fim da partida e muita polêmica. Depois de Uéderson abrir o placar a favor do Aparecidense ainda na etapa inicial, a Ponte Preta chegou a balançar as redes aos 44min do segundo tempo, mas o gol não valeu.
O atacante Hugo Cabral, que havia entrado no intervalo, aproveitou rebote e mandou a bola para as redes, mas em posição de impedimento. O gol, inicialmente, foi validado, e jogadores, comissão técnica e até diretoria do Aparecidense partiram para cima do árbitro, que solicitou policiamento.
Depois de alguns minutos, o árbitro Léo Simão Holanda (CE) voltou atrás e cancelou o gol da Ponte Preta, agora gerando revolta dos jogadores do time paulista e precisando mais uma vez de policiamento. O jogo ficou paralisado por 16 minutos até ser reiniciado.
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