Atlético-MG usa multa, liderança e contrato para segurar Ricardo Oliveira
O Atlético-MG não está disposto a se sentar com o Santos para negociar uma possível saída de Ricardo Oliveira, objeto de desejo do técnico Jorge Sampaoli. O clube tem três alicerces para manter o centroavante na Cidade do Galo: a multa de aproximadamente R$ 200 milhões, a liderança sobre o elenco e a longevidade do vínculo.
O UOL Esporte apurou que a cúpula já manteve contato com o jogador de 38 anos a fim de reforçar a sua importância no clube. O Galo tem três artifícios para segurar o experiente atacante no elenco comandado por Levir Culpi.
Multa rescisória elevada
O primeiro aspecto que dá tranquilidade à diretoria é a elevada multa rescisória do atacante. De acordo com o apurado pelo UOL Esporte com um membro ligado ao departamento de futebol, há uma cláusula no contrato de Ricardo Oliveira que exige o pagamento de cerca de R$ 200 milhões para a sua liberação imediata e sem negociação. O valor é considerado elevado até para o futebol do exterior, sobretudo pela idade avançada do camisa 9.
A nova multa de Ricardo Oliveira foi imposta no contrato renovado em setembro do ano passado. Logo após a procura do Real Valladolid, clube de Ronaldo Fenômeno, o Galo optou por estender o compromisso até dezembro de 2020. Desta forma, a multa rescisória também foi ampliada.
Liderança sobre o elenco
Ricardo Oliveira é apontado como um dos principais líderes do elenco na Cidade do Galo. O atacante auxiliou dois jogadores de forma pública. O primeiro foi Róger Guedes, que deixou o clube em junho do ano passado para ir ao Shandong Luneng, da China. Pouco antes da mudança, o camisa 9 ajudou em sua permanência na capital mineira. A diretoria, então comandada por Alexandre Gallo, estava prestes a devolvê-lo ao Palmeiras. Porém, diante do pedido do centroavante e de outros atletas, a situação foi modificada.
Outro jogador que contou com a ajuda de Ricardo Oliveira foi o equatoriano Juan Cazares. Com o comportamento extracampo muito questionável, o camisa 10 contou com auxílio do atacante para mudar a postura longe dos gramados. O primeiro passo foi levar, ao lado de Luan, um líder religioso à casa do craque em Lagoa Santa. Cazares não deixou de sair, mas mudou a maneira de agir no cotidiano da Cidade do Galo.
Ricardo Oliveira não usa a braçadeira por opção de Levir Culpi. O escolhido do técnico é o zagueiro Réver, contratado no início do ano. O atacante, no entanto, costuma auxiliar nas questões do dia a dia no clube.
Contrato longo
Por fim, a diretoria espera que o jogador cumpra o contrato que tem em vigor. Embora Ricardo jamais tenha esboçado o desejo de deixar Belo Horizonte, o clube quer fazer valer do acordo que possui com o mesmo, o qual se encerra em dezembro de 2020.
No início deste ano, a cúpula escutou de Elias e Luan que ambos gostariam de se mudar, respectivamente, para Internacional e Corinthians. No entanto, o presidente Sérgio Sette Câmara não aceitou negociá-los.
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