Fifa pede explicações ao Inter por contratação de promessa argentina
No início desta semana, o Internacional foi notificado pela Fifa. A entidade, em documento oficial, pediu ao clube que explicasse a contratação do argentino Martin Sarrafiore, de 21 anos, ocorrida em 2018 através de um pré-contrato. A solicitação partiu de um pedido do Huracán, ex-clube do gringo, que alega que o jogador foi aliciado.
O Colorado tem até o dia 2 de abril para apresentar documentos que comprovem a lisura da negociação. De acordo com o presidente Marcelo Medeiros, não há qualquer temor em relação ao processo aberto a pedido do clube argentino.
"O negócio está encerrado e temos a maior tranquilidade que fizemos o negócio da forma correta. O Huracán, desde que perdeu o atleta, com o pré-contrato firmado, informou que recorreria, que faria isso. É natural, é do jogo, mas estamos tranquilos", explicou o mandatário.
De fato o Huracán se sentiu incomodado com a forma que a negociação de Sarrafiore ocorreu. Primeiro pediu auxílio até para Federação Gaúcha de Futebol, que intercedesse junto ao Inter para impedir a ida do jovem. O Inter havia observado o atleta na Copa Ipiranga de 2018, torneio gerido pela FGF. Ali, soube que Sarrafiore tinha vínculo perto do fim, negociou com ele e firmou em seguida um pré-contrato.
O Huracán estava crente na renovação do vínculo, que não ocorreu, para aproveitar o meia no time principal. Como viu que havia perdido o jogador, o relegou aos times de base e o fez permanecer seis meses sem atuar.
Depois de chegar ao Inter no meio do ano passado, Sarrafiore foi integrado ao elenco principal no início deste ano e já disputou sete jogos, marcando três gols.
Na reclamação à Fifa, o Huracán alega que o Internacional já havia negociado termos de contrato com o atleta antes de faltarem seis meses para o fim de seu vínculo, como prevê o regulamento de transferências da entidade. Os argentinos pedem punições ao Inter, ao jogador, ao empresário Matías Sabbag e também à FGF, que organizou o torneio onde ele se destacou, alegando que houve "má fé" de todos os envolvidos. Além de pedir o pagamento de 10 milhões de dólares (R$ 39,5 milhões) referente aos direitos do atleta.
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