Sob mistério, parceria Red Bull-Bragantino definirá padrões em até 15 dias
Já dada como consumada, a parceria entre a empresa Red Bull e o Bragantino terá até seis de abril suas definições finais sobre o projeto, que começará aos moldes do que acontece com as equipes de vôlei na Superliga: um aporte de gestão no futebol do clube de Bragança, não uma fusão entre as duas agremiações. Esta é a data para que os gestores do projeto apresentem ao público suas decisões.
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O nome já está definido: Red Bull Bragantino. A vaga na Série B nacional é do time de Bragança e o modelo inicial proposto é o de parceria, segundo o presidente do clube, Marcos Chedid.
"Não é uma fusão; eles se incorporando ao Bragantino. Empresa que vai gerir o futebol. Eles vão estar na administração. A parte de futebol é por conta deles. No decorrer, evoluindo as coisas, vamos ver como vai", explicou. Chedid ainda negou a veracidade de escudos e uniformes que têm circulado pela web, batizando o clube como Red Bull Bragança.
Todos os registros de jogadores e competições ficarão à cargo do Bragantino; quem fará a seleção de atletas e cuidará do futebol será Thiago Scuro, ex-Cruzeiro e CEO da Red Bull no Brasil.
Scuro foi procurado pelo UOL Esporte para detalhar o projeto, mas não aceitou conceder entrevista. A empresa não abre o que pretende para a parceria. O modelo de gestão do futebol e coexistência entre os clubes pode seguir o que já ocorre em modelos como o do Londrina, cujo futebol é gerido pela SM Sports, que optou, por exemplo, em colocar vários jogadores e até o técnico Roberto Fonseca no Novorizontino para a disputa do Paulistão 2019.
Neste caso, há até a possibilidade de a parceria ser desfeita para a A-1 do Paulista de 2020, com ambos mantendo suas vagas. "Será uma decisão deles", comentou Chedid. A Federação Paulista já previu que, em caso de desistência de um dos clubes, a vaga na elite ficará com o terceiro colocado da A-2 deste ano.
De acordo com Chedid, a parceria quer "eternizar" o Bragantino, vice-campeão brasileiro de 1991.
"O principal disso aí é o fato de uma empresa de grande porte entrar firme no futebol do Brasil. E é o modelo para mostrar para os clubes que o caminho é esse. Os custos do futebol ficaram impossíveis de uma cidade comportar. Salários, obrigações. Se eu vou pedir dinheiro em Bragança, já caí. Veja um Palmeiras, uma Crefisa, pagando salários absurdos. Isso encarece para os menores times e acontece o que aconteceu com o Mogi, União, Paulista... clubes tradicionais que hoje não existem mais. Essa decisão nossa foi no sentido de mostrar que tem que seguir nesse caminho e eternizar o Bragantino."
Entre os projetos, Chedid confirma a intenção de a empresa aportar R$ 45 milhões em investimentos não só em jogadores.
"Nós programamos etapas. Estádio, centro de treinamento... Tudo com o Thiago Scuro, que é o CEO do Brasil. Claro que estão acertando orçamento, dentro desses R$ 45 milhões, também para o futebol."
Na terça-feira (26), Scuro falou em evento com o prefeito de Bragança Paulista: "Estamos num momento de finalizar alguns detalhes deste acordo. Não é um acordo simples. O nosso interesse é o mesmo do Bragantino e isso quer dizer que o nome Bragantino está preservado sim".
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