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Por que jogo contra o River Plate vale mais que três pontos para o Inter

Casa cheia e novo momento podem reforçar trabalho do técnico Odair Hellmann - Ricardo Duarte/Internacional
Casa cheia e novo momento podem reforçar trabalho do técnico Odair Hellmann Imagem: Ricardo Duarte/Internacional

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

02/04/2019 04h00

Inter e River Plate, nesta quarta-feira (3), vale os mesmos três pontos que qualquer outro jogo pela fase de grupos da Libertadores. Mas há fatores além disso para o Internacional. A confirmação da reconstrução do clube, do trabalho de Odair Hellmann, diante da perspectiva do maior público do Beira-Rio após a reforma para Copa do Mundo de 2014 emolduram o que tende a ser um grande jogo.

A reportagem do UOL Esporte selecionou cinco pilares que colocam o duelo com o atual campeão da Libertadores como mais simbólico desde a retomada do Colorado, que disputou a Série B de 2017. Fatores que vão além da manutenção do 100% de aproveitamento na competição mais importante do continente ou o encaminhamento da classificação às oitavas de final.

Redenção, reconstrução, afirmação

O Internacional passou por um período nefasto. Caiu em 2016 e disputou a Série B pela primeira vez em sua história em 2017. Depois da redenção com o retorno, a trajetória recente do clube pode se definir na reconstrução em 2018 e a perspectiva de afirmação nesta temporada.

Com vaga na Libertadores através de um bom Brasileiro no ano passado, a oportunidade de ressurgir no cenário internacional se apresentou. Ainda restam dúvidas se o Colorado está pronto para ocupar o espaço preponderante em que esteve desde o início dos anos 2000. E um bom desempenho contra o River ajudará a mostrar que a resposta é positiva.

Expectativa de público recorde

O Beira-Rio espera seu maior público. Com venda de todos os bilhetes do Inter para o jogo em 45 minutos, e em mais algumas horas a comercialização de todos os bilhetes da parceira na gestão do estádio, a expectativa é que a marca de 45.263 presentes obtida contra o São Paulo no ano passado seja superada. Diante de tanta gente, o Internacional terá a oportunidade de firmar de vez a aliança com o torcedor, que nos últimos anos se caracterizou por realizar protestos, muitas vezes violentos, contra o rendimento do time e as decisões da direção do clube.

Odair Hellmann: o novo momento

O técnico Odair Hellmann vive um novo momento. Depois de assumir o time após ser interino, superar incertezas no início do ano passado e comandar o time na boa campanha pelo Brasileiro, o treinador disputa sua primeira Libertadores. Ainda alvo de algumas críticas da torcida, ele terá o duelo internacional mais pesado da carreira e poderá provar se está pronto para o que está por vir.

Último jogo sem Paolo Guerrero

Paolo Guerrero foi a principal contratação do Inter no ano passado, mas nem mesmo estreou. O peruano poderá atuar a partir do dia 5 de abril, quando acaba a suspensão por doping. Ou seja, o jogo contra o River será o último sem a possibilidade de tê-lo em campo. Rafael Sobis, Tréllez, Pedro Lucas e Jonatan Alvez atuaram até então no comando de ataque. Até mesmo Pottker foi utilizado por ali, apesar de ser preferencialmente jogador de lado. E a exigência com um jogador deste porte também irá aumentar.

River se coloca em rivalidade Gre-Nal

No Rio Grande do Sul, praticamente tudo se resume a Gre-Nal. As comparações entre Inter e Grêmio avançam do campo, partindo para estádios, camisas, empreendimentos, qualquer situação que possa ser ligada parte a um, parte a outro. E o confronto com o River Plate não será diferente. Foi o time argentino que eliminou o Grêmio na Libertadores passada ao vencer a partida em Porto Alegre por 2 a 1. Qualquer resultado do Colorado será prontamente comparado com este, ainda que tenham diferenças evidentes entre os contextos dos jogos.

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