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Palmeiras x São Paulo: quem gastou mais com reforços nos últimos 5 anos?

Felipe Melo e Hudson disputam a bola durante clássico - Marcello Zambrana/AGIF
Felipe Melo e Hudson disputam a bola durante clássico Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bruno Grossi, Danilo Lavieri e Flávio Latif

Do UOL, em São Paulo (SP)

05/04/2019 12h00

Palmeiras e São Paulo estão entre as equipes que mais investiram em contratações nesta temporada. Além disso, os dois adversários paulistas rivalizaram na semana passada, após disputarem o atacante Alexandre Pato, que acabou assinando com o Tricolor.

A contratação de Tchê Tchê pela equipe do Morumbi, por R$ 22 milhões, fez alguns palmeirenses questionarem a cobrança em cima do São Paulo pelo investimento que foi feito. Já que o Palmeiras é questionado todo ano por títulos em razão das altas cifras investidas.

Afinal, qual das duas equipes gastou mais nesses últimos anos? O UOL Esporte levantou os valores investidos por São Paulo e por Palmeiras na era 'pós-Crefisa'. Desde 2015 até hoje, veja quais foram os valores gastos pelas equipes:

Dudu comemora seu gol pelo Palmeiras contra o São Bento - Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo - Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo
Dudu comemora seu gol pelo Palmeiras contra o São Bento
Imagem: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo

2015

No Brasileirão de 2014, o Palmeiras lutou contra o rebaixamento até a última rodada. Se safou após o empatar em 1 a 1 contra o Athletico e ter ajuda do Santos, que venceu o Vitória por 1 a 0. No ano seguinte, a equipe alviverde firmou contrato de patrocínio com a Crefisa e anunciou 25 jogadores para aquela temporada.

O principal deles foi o atacante Dudu, que ficou famoso por ter sido com um 'chapéu' em São Paulo e Corinthians, que tinham mais vantagens para assinar com o jogador. Ele custou, no total, 6 milhões de euros aos cofres do clube (cerca de R$ 20 milhões na cotação da época). Em 2015, as 25 contratações custaram ao Verdão aproximadamente R$ 37 milhões. Levando em conta que muitos nomes chegaram por empréstimo ou estavam livres no mercado.

O São Paulo, por sua vez, foi o vice-campeão do Brasileirão de 2014. Tinha Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso no elenco e disputaria a Taça Libertadores na temporada seguinte. Sem muitas carências no time, o Tricolor fez um mercado modesto gastou 14 milhões naquela temporada, contratou oito jogadores e o principal deles era Ricardo Centurión, contrato por R$ 12,7 milhões.

O Palmeiras consagrou-se campeão da Copa do Brasil em 2015 e o São Paulo foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores para o Cruzeiro e não conquistou nenhum título.

Maicon comemora gol do São Paulo contra o Corinthians no Morumbi - Marcello Zambrana / AGIF - Marcello Zambrana / AGIF
Maicon comemora gol do São Paulo contra o Corinthians no Morumbi
Imagem: Marcello Zambrana / AGIF

2016

Em 2016, impulsionado pelo título da Copa do Brasil, o Palmeiras investiu ainda mais, foram R$ 41,3 milhões gastos em contratações. Naquele ano, a equipe alviverde adquiriu 14 atletas, nomes como Erik, Moisés e Yerry Mina foram os destaques. O mais caro deles foi o atacante que havia brilhado no Goiás na temporada anterior, com custo de R$ 13 milhões.

O São Paulo voltou a se classificar para a Libertadores em 2015 e precisava investir para a próxima temporada. O Tricolor gastou R$ 41 milhões, e o nome mais caro foi o zagueiro Maicon, que custou R$ 22 milhões. Reforços como Cueva e Buffarini também foram aquisições da equipe do Morumbi para aquele ano. O peruano saiu por R$ 8 milhões e o argentino por R$ 7 milhões.

O Palmeiras foi campeão do Campeonato Brasileiro naquele ano e o São Paulo terminou o ano sem nem sequer chegar à Libertadores da temporada seguinte, como havia feito nos anos anteriores.

Borja comemora gol marcado contra a Ponte Preta - Ale Cabral/AGIF - Ale Cabral/AGIF
Borja comemora gol marcado contra a Ponte Preta
Imagem: Ale Cabral/AGIF

2017

Após conquistar a Copa do Brasil e o Brasileirão em anos consecutivos, o Palmeiras queria voar mais alto e investiu pesado para ser campeão da Libertadores. Tanto é que contratou o artilheiro e o melhor jogador da competição continental, Miguel Borja e Alejandro Guerra, respectivamente. O colombiano custou R$ 33 milhões e o venezuelano, R$ 11,7 milhões. Além disso, nomes como Deyverson (R$ 17 milhões) e Bruno Henrique (R$ 13 milhões) chegaram também.

No total, o Palmeiras gastou R$ 113,4 milhões naquela temporada e acabou apenas com um vice-campeonato do Brasileirão.

O São Paulo amargou outra temporada ruim, não se classificou mais uma vez para a Libertadores e precisava de reforços. A diretoria foi ao mercado e trouxe 18 atletas, foram gastos R$ 48 milhões.

Os principais nomes daquela janela tricolor foram o atacante Lucas Pratto, que chegou do Atlético-MG por R$ 20,7 milhões, e o meio-campo Petros, contratado por R$ 9,2 milhões. Mesmo com alto investimento, o São Paulo não se classificou pela Libertadores e não alcançou nenhum título.

Felipão comemora a conquista do título do Brasileirão - Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/AGIF
Felipão comemora a conquista do título do Brasileirão
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

2018

Em 2018, o Palmeiras precisava dar uma resposta a sua torcida. Mesmo com contratações caras não conseguiu conquistar nenhum título. Alexandre Mattos voltou ao mercado, contratou os meias Gustavo Scarpa e Lucas Lima, mas em transações entre clubes foi mais 'modesto' em relação ao ano anterior: gastou R$ 40,2 milhões, nas chegadas do goleiro Weverton, do lateral-esquerdo Diogo Barbosa e do zagueiro Gustavo Gómez.

No ano passado, com um grande 2º turno sob o comando do técnico Felipão, o Palmeiras voltou a conquistar o Brasileirão.

O São Paulo manteve os padrões de investimentos dos últimos anos, gastou R$ 45,6 milhões. Os dois reforços mais caros foram o meia Diego Souza e o atacante Everton, o veterano custou R$ 10 milhões e o ex-Flamengo R$ 15 milhões.

Com um bom trabalho feito pelo técnico uruguaio Diego Aguirre no primeiro turno, o São Paulo conseguiu retornar à Libertadores.

Pablo comemora após marcar para o São Paulo contra o Mirassol - Daniel Vorley/AGIF - Daniel Vorley/AGIF
Pablo comemora após marcar para o São Paulo contra o Mirassol
Imagem: Daniel Vorley/AGIF

2019

Para esta temporada, os dois rivais paulistas não mediram esforços para serem campeões. O Tricolor do Morumbi já gastou R$ 46 milhões, enquanto o Palmeiras desembolsou R$ 83 milhões.

Porém, existe uma diferença entre as contratações das equipes. O São Paulo apostou em nomes que chegaram para jogar no time titular, como Hernanes, Tchê Tchê e Pablo.

Apesar de ter sido contratado por R$ 26 milhões, Pablo não tem seu valor total somado nestes gastos, pois sua contratação será paga ao longo dos próximos anos.

Já o Palmeiras apostou em jovens que se destacaram no ano passado, mas que ainda não ganharam oportunidades do técnico Felipão, como é o caso de Zé Rafael e Matheus Fernandes. Além dos valores das contratações dos jovens, o Palmeiras teve que desembolsar no início desta temporada R$ 22 milhões para acertar a permanência de seus laterais pelo lado direito, Mayke custou R$ 14 milhões e Marcos Rocha R$ 8 milhões.

Na conta final: quem gastou mais?

Por conta do alto investimento dos patrocinadores, o Palmeiras utilizou cerca de R$ 120,3 milhões a mais que o São Paulo. Desde 2015, o Tricolor do Morumbi gastou R$ 194,6 milhões, já o Alviverde usou R$ 314,9 milhões.

Uma ressalva que deve ser feita é que as transações que envolvem luvas dadas aos atletas não foram consideradas, já que elas são diluídas ao longo do contrato e nem sempre têm seus valores divulgados, como exemplo, as contratações de Alexandre Pato e Lucas Lima.

As equipes se enfrentam no próximo domingo (7), pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Paulista, no Allianz Parque, às 16h (horário de Brasília). O primeiro jogo acabou empatado em 0 a 0 e uma nova igualdade leva a decisão para os pênaltis.

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