Atleticanos aprovam o VAR, mas citam aflição e medo por demora em 3 lances
O Atlético-MG é o time que mais tem experimentado o uso do VAR nas últimas semanas. Depois de ter dois gols anulados na primeira semifinal contra o Boa Esporte, o Galo venceu o jogo da volta por 5 a 0, mas teve três gols analisados pelo recurso. Em duas ocasiões, o tento foi validado, enquanto em outro momento a arbitragem anotou a irregularidade. Na saída de campo, os jogadores revelaram aflição por causa da demora entre iniciar a revisão e dar o veredito. Por outro lado, valorizaram e aprovaram o recurso que torna o placar em campo mais justo.
"Da mesma forma que nos frustrou no jogo passado (anulando dois gols), o VAR foi justo no lance do Luan e depois no gol do Vinícius. Essa espera de não conseguir comemorar o gol imediatamente é sempre aflitiva, mas a tecnologia está aí para ajudar e dar mais méritos aos resultados. A gente tem que valorizar tudo isso, apesar da angústia de esperar. É importante que o time que mais merecer saia de campo com o resultado", comentou o goleiro Victor.
Conforme dito pelo camisa 1, o primeiro grande lance analisado pelo VAR foi frustrante para o torcedor. Luan completou o escanteio de Cazares, a arbitragem validou o gol, mas voltou atrás após analisar o lance dois minutos mais tarde. Ainda no primeiro tempo, Luan voltaria a marcar. Daronco não precisou ir à cabine do VAR, mas o jogo ficou parado por mais de três minutos até o gol ser confirmado. Na etapa final, Vinicius também balançou as redes, mas evitou fazer a dancinha imediatamente e preferiu comemorar só após a confirmação.
"Tem que fazer a dancinha depois do VAR, sempre depois. A gente sabe que é para o bem do futebol, torna mais justo. Perde um pouco a essência porque temos que esperar um pouco mais. Mas eu acredito que as coisas irão melhorar", brincou o jogador.
Levir questiona demora para decidir os lances
Levir Culpi é outro que deu sua opinião sobre o assunto. O treinador segue aprovando o uso da tecnologia, mas não abandonou o discurso de que o método precisa ser aperfeiçoado. Para ele, a demora para definir os lances é o que mais atrapalha o andamento dos jogos.
"É um assunto interessante. A gente não pode cravar nada sobre o VAR. algumas coisas são impressionantes. Você fica com medo de comemorar o gol, olha para o bandeira, para o juiz, para o banco de reservas. Está todo mundo assim. O cara fica indeciso e a arbitragem também. Mas eles ainda estão se adaptando, é preciso dar um tempo maior", iniciou o treinador.
"Mexe com a parte emocional, injetou um ingrediente que não sei se pode ser bom. Dá uma aflição de não saber o que vai dar o VAR. Não sei esportivamente até que ponto isso pode chegar. Vai acabar morrendo muita gente aí, e o técnico é um dos primeiros candidatos. Pode ser uma expectativa bacana, mas eu só acho que não pode parar muitas vezes, aí acaba perdendo um pouco a graça", concluiu o técnico, em tom de brincadeira.
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