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Galo fará 13ª final seguida do estadual, e descarta favoritismo do Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

07/04/2019 19h27

O Atlético-MG venceu o Boa Esporte por 5 a 0 e está na final do Campeonato Mineiro. Esta é a melhor sequência de decisões consecutivas em andamento no futebol brasileiro. Agora, o Galo pegará seu maior rival Cruzeiro, que atravessa ótima fase e ainda está invicto na temporada. Apesar do bom momento celeste e de ainda entrar em campo no meio da semana pela Libertadores, a decisão do estadual já começou a ser comentada pelos jogadores e por Levir Culpi, que descartaram qualquer tipo de favoritismo.

"Eu sou daqueles que, quando chega em um clássico, fica com a opinião do meio a meio. Existe muita história dos dois lados, é um jogo diferente, especial. Esperamos fazer um grande jogo para levantar a taça na segunda partida", falou o artilheiro Ricardo Oliveira.

Depois que ficou fora da final do estadual em 2006 (entre Cruzeiro x Ipatinga), o Atlético sempre figurou entre os dois melhores do estadual. Nas 12 finais seguintes, o Galo levantou o caneco em seis ocasiões (o Cruzeiro ficou com a taça em cinco oportunidades, e o América levou uma). Victor, que completou 400 jogos neste domingo, também vê um cenário imprevisível nas próximas semanas.

"Chegar à 13ª final seguida é uma marca importante, juntamente com os 400 jogos alcançados. No clássico, tudo pode acontecer, quem tiver mais concentrado, mais equilibrado, vai levar o título. Espero que o Atlético consiga se sobressair. É importante vencer uma semifinal dessa maneira, com imposição, autoridade, antes de pegar um jogo da Libertadores na quarta-feira (contra o Cerro Porteño). Esse é o espírito, o jogo de hoje foi uma grande referência do que esperamos fazer no restante da temporada", comentou o goleiro.

Como terminou a primeira fase no topo da tabela, o Atlético terá a vantagem de ficar com o título caso empate os dois jogos da decisão ou some uma derrota e uma vitória pela mesma diferença de gols. Boa vantagem? Importante para Levir, mas não o suficiente para cravar qualquer tipo de favoritismo sobre o que ainda está por vir.

"Considerando o nível das equipes, a vantagem é grande. Mas quem iria imaginar um 5 a 0 hoje? No futebol, acontecem coisas que são até normais, mas que nos pegam de surpresa, ele proporciona essas coisas. Então a vantagem é mínima, podemos mantê-la ou aumentá-la, mas são dois jogos. De qualquer maneira, o time terá que jogar bem duas vezes", iniciou.

"Eles (Cruzeiro) têm uma base sólida, uma equipe que vem de algum tempo. Mas quando entra Atlético e Cruzeiro, ou América, não se sabe o que vai acontecer. A diferença não é tão grande assim no confronto porque envolve uma série de situações", concluiu o treinador.