Fla e Flu assumem Maracanã e governador diz que Vasco está "esperneando"
Em solenidade no Salão Nobre do Palácio da Guanabara, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, o presidente do Fluminense, Pedro Abad, e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, assinaram o contrato de concessão de seis meses do Maracanã aos dois clubes. No evento, os dirigentes ressaltaram o convite para que a dupla Vasco e Botafogo participem do estádio mesmo não estando na gestão, mas o político não perdeu a chance de alfinetar o Cruzmaltino, que promete brigar juridicamente contra a decisão.
"Lamentável. Poderia ter participado e não participou. Não participou e agora está esperneando", disse Witzel.
Pedro Abad preferiu ser mais ameno e deixou o convite em aberto para Vasco e Botafogo:
"Fica o agradecimento ao nosso parceiro Flamengo, que nunca agiu só com interesse próprio. Vasco e Botafogo estão convidados a participar. Nosso modelo prevê a participação deles".
Rodolfo Landim prometeu muito empenho para gerir o Maracanã adequadamente:
"O governador pode ter certeza de que não vai se arrepender. Vamos trabalhar incessantemente para prestar os melhores serviços".
Ressaltando que o modelo de gestão é inclusivo aos quatro grandes, o secretário de Esportes do Rio de Janeiro, Felipe Bornier, salientou a redução de custos do estádio e a oportunidade de obter mais lucros.
"O valor de aluguel era muito pesado para os clubes e agora será 25% menor, dando a possibilidade de os clubes lucrarem com bebida e comida", disse Bornier.
"Juridicamente o executante da permissão é o Fla"
Ainda no evento, o governador Wilson Witzel deixou claro que o executante da permissão é o Flamengo, uma vez que o Fluminense não possui as certidões negativas de débito por conta de dívidas com a Receita Federal.
"Juridicamente o executante da permissão é o Flamengo. Outorga será paga pelo Flamengo".
Witzel pensou em negociar com Odebrecht
Durante a solenidade, Wilson Witzel admitiu que chegou a pensar em negociar com a construtora Odebrecht, mas frisou que o Ministério Público impediu.
O governador do Rio também lembrou do susto que teve ao saber do lucro que o Flamengo teve numa partida onde colocou um grande público no Maracanã.
"O que me chamou a atenção foi no Flamengo e Bangu, que levou 45 mil torcedores ao estádio, e o Flamengo saiu com apenas R$ 13 mil de lucro. Alguma coisa estava errada", comentou o político.
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