Carille vê evolução e se diz "muito mais satisfeito" do que na semifinal
O técnico Fábio Carille ficou satisfeito com a atuação do Corinthians no empate sem gols com o São Paulo na primeira final do Campeonato Paulista, disputada no Morumbi. Para o comandante alvinegro, a equipe tentou jogar e conseguiu trocar passes para tentar impedir uma pressão são-paulina.
O treinador ressaltou que o Corinthians evoluiu em relação à decisão contra o Santos na semifinal, mesmo diante de um São Paulo apoiado por 58 mil torcedores e com superioridade no duelo.
"Nossa busca é sempre ser melhor em relação ao último jogo. Não só marcamos, tentamos jogar, trocamos mais passes. Ainda buscando o que é melhor. Tem jogo que funciona, tem jogo jogo que não. Grupo de 36 jogadores nos quais 23 não trabalharam comigo, então trato com naturalidade essa questão de oscilar", disse Carille.
"Conseguimos ficar mais com a bola, fomos mais agudos do que contra o Santos. O time sempre foi de tomar poucos gols, neste ano está um pouco fora pela questão do elenco. Estou muito mais satisfeito hoje em relação ao que foi contra o Santos", completou o treinador.
As melhores oportunidades do jogo foram criadas pelo São Paulo. O time, porém, parou em mais uma excelente atuação de Cássio e na falta de pontaria dos atacantes. Os rivais se reencontrarão na Arena Corinthians para a finalíssima no próximo domingo (21). Em caso de novo empate, a taça será decidida nos pênaltis.
Veja outras declarações de Carille
RAMIRO E JADSON
Me incomodou muito o último jogo. Não foi o que treinamos, não funcionou e o Santos foi muito melhor. Me incomodou bastante. A ideia de ter Ramiro e Jadson era ter mais a bola, de trocar mais passes e continuar sendo agudo com o Clayson, que fez uma grande partida.
SEM VANTAGEM
Não tem vantagem. No ano passado perdemos em casa para o Palmeiras por 1 a 0, fomos atrás fora de casa. Agora está igual, futebol está muito nivelado, são detalhes. A vantagem é a força da nossa torcida, que vem junto, mas é muito pouco para a grandeza do jogo.
USO DO VAR
É o primeiro ano, alguns equívocos vão acontecer. Não vi os lances, mas não discutimos sobre isso. O Love diz que vai para a bola, e ele está impedido. Ele mesmo relatou. A do Ralf não sei, não discutimos sobre isso.
Desempenho do time
Futebol é coletivo. Para funcionar requer tempo. A gente vê São Paulo oscilando e crescendo agora, Santos fazendo grandes jogos mas sendo desclassificado na Sul-Americana também. No Corinthians, de 36 jogadores, são 23 novos. É uma mudança muito grande. Lembro que em 2007 o Corinthians caiu, no ano seguinte mudou tudo e não foi nem para a segunda fase. A gente fica incomodado, mas está tudo dentro de uma normalidade. O Corinthians é muito detalhista em algumas situações, e isso requer tempo para acertar.
SAÍDA DE JÚNIOR URSO
Não sei ainda, deve ser muscular. Tem que ter paciência, vamos fazer os exames para ver o que é.
ANSIEDADE
Sei que é muito normal esse frio na barriga. Não gosto de ficar vendo muito, mas é lógico que as notícais chegam. Não trato uma situação dessa, Brasileiro de 2017, Paulista de 2017 e 2018, não trato como uma pressão, um peso, para mim é um privilégio participar destes momentos. Vamos trabalhar, pensar muito na Copa do Brasil, ser bastante inteligente para ver o que vamos fazer nada. Quando começo a ficar meio ansioso, trago essa palavra de privilégio, aí eu me acalmo.
JOGO DA COPA DO BRASIL
Vou levar 28 jogadores, é um voo fretado. Acertei com a diretoria de levar 28. A partir de agora vou para uma reunião para começar a pensar. 28 ou 27, a depender da situação do Urso. Domingo estarão com tanque cheio de qualquer jeito. É decisão, clássico. O que me preocupa mais é a questão física do Urso.
ATUAÇÃO DE CARLOS AUGUSTO
Ele treinou, pisou na grama. Para ver onde as oportunidaeds aparecem. Se não tivesse na seleção provavelmente começaria o ano titular. De repente foi para a seleção, Avelar entrou bem e está entregando bem. Nossos treinos são muito intensos, então você vê Carlos, Richard, Ramiro? Estou sempre vendo se a gente atingiu a meta do dia. Carlos foi muito bem, contra um atacante que vai para dentro. Foi bem.
MOMENTO DE CLAYSON
Ele teve muitos problemas não só profissionais, mas principalmente pessoais. Imagina como fica a cabeça de um jovem ainda. O que mais me chama atenção nele, conversei com alguns técnicos que trabalharam com ele (Tarcisio Pugliese), que me falou que é de muita personalidade. Para jogar no Corinthians precisa ter, e ele tem. A partir do momento que me manifestei da vontade de ele permanecer, já foi um ponto forte. Desequilibra, tem um contra um, bola parada boa, e tem confiança por isso está jogando bem.
JADSON POR VITAL
[Sornoza] Não vem disputando posição com Jadson. Sornoza não sabe jogar de costas, por isso tínhamos o 4-1-4-1, Jadson sim. Hoje foi uma mudança de postura, para ter o Ramiro pelo lado, Jadson por dentro e Clayson na esquerda. Não disputam posição, simplesmente foi a forma de jogar.
CHEGADA AO MORUMBI
Não chega. A diretoria blinda muito sobre esses assuntos. É algo que a gente tem que mudar o quanto antes, vamos para alguns jogaos que parece que está indo apra uma guerra. Não é só para a torcida do São Paulo, não. A gente joga em alguns lugares e sabemos como isso é feio. E não é isso que faz você ganhar ou perder. Não só os torcedores, mas os clubes também precisam parar com isso. É um esquema de guerra, que está totalmente fora do futebol. Isso não muda resultado. Se mudasse, ficaria quieto. Mas não muda.
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