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Mano diz que momento do rival não iludiu Cruzeiro: "esperava um jogo assim"

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Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

14/04/2019 19h39

Apesar de viverem situações completamente distintas, Cruzeiro e Atlético-MG fizeram um clássico muito equilibrado neste domingo. Pela primeira finalíssima do Mineiro, a Raposa levou a melhor e venceu por 2 a 1, tirando a vantagem do rival e passando a depender apenas de um empate para ficar com o título na partida da volta. Em sua coletiva de imprensa, Mano Menezes falou esperava por um jogo bastante disputado e principalmente equilibrado, mesmo com as equipes vivendo momentos tão contrários.

"Estou contente com a vitória, demos um primeiro passo em direção ao título. Mas eu esperava um jogo assim. Penso que podíamos ter rendido um pouco mais, acho que fizemos escolhas mais apressadas. Mas a gente não tinha nenhuma ilusão sobre o jogo diante de um adversário tradicional em clássicos. A vitória nos deixa contente, agora podemos trabalhar a semana com base nessa realidade para confirmar essa condição", iniciou o treinador.

Apesar de ter vivido uma semana bastante turbulenta, com direito a goleada na Libertadores e demissão de Levir Culpi, o Atlético surpreendeu positivamente e conseguiu segurar bem as ofensivas do rival, criando dificuldades para o setor de criação do Cruzeiro.

"Acho que insistimos muito nas jogadas do Marquinhos Gabriel no primeiro tempo, algumas bolas longas. Depois de uma, duas, na terceira o adversário começa a neutralizar. Esse é um dos fatos que penso que podemos melhorar. No posicionamento dos atletas, fazer mais variações para confundir as linhas de marcação. O Atlético marcou bem, então o Cruzeiro tem que criar soluções para sair dessa marcação", acrescentou o treinador.

O fator emocional também foi outro ingrediente do jogo. No primeiro tempo, Luan esteve muito pilhado e chegou a levar o amarelo para o Atlético, sendo substituído no intervalo. No final do jogo, uma sequência de cinco cartões amarelos e dois vermelhos (para Adilson e Rafinha) foram distribuídos em um espaço menor que dois minutos.

"O clássico é jogado muito no emocional, mais que todos os outros jogos. Quando o seu adversário está pilhado, começando a reclamar de tudo, a se jogar no chão para cavar faltas, você começa a responder na mesma altura. Equipes experientes fazem isso, o Atlético tem jogadores experientes, e a gente acabou respondendo", finalizou o técnico.