Guardiola rejeita pressão por Champions, mas sofre com torneio desde 2011
A Liga dos Campeões tem sido um objetivo ingrato para Pep Guardiola. Na última vez em que o técnico espanhol foi campeão do torneio, em 2011, David Neres, que hoje é sensação na Europa, tinha apenas 14 anos de idade e ainda estava na base do São Paulo. As duas realidades parecem distantes hoje (17), dia em que o Manchester City tenta manter vivo o sonho do título inédito e não sucumbir ao "fantasma" de seu treinador.
Guardiola não avança para a semifinal desde 2015/2016, quando seu Bayern de Munique se agarrou à vitória do primeiro jogo, segurou o empate no duelo de volta e fez 3 a 2 sobre o Benfica no placar agregado.
Desta vez, a situação é ainda mais complicada, já que o Tottenham levou a melhor na ida, em Londres, e agora tenta aproveitar, em Manchester, a vantagem de 1 a 0. Mas terá de se virar sem Harry Kane, cuja lesão diminui o poder ofensivo dos Spurs. Pode ser um alento para o City.
Porém, em momentos como este, a experiência de Guardiola fala mais alto. Não por acaso, o técnico escolheu bem as palavras na véspera na decisão e optou por não transferir seu "fantasma" de frustrações acumuladas para os jogadores, que já têm pressão suficiente sobre os ombros.
"Sei que as pessoas dizem que eu vim para cá para ganhar a Liga dos Campeões. Honestamente, eu não vim para ganhar a Liga dos Campeões. Vim para jogar o que estamos jogando nos últimos 20 meses. Foi para isso que eu vim. Simplesmente para jogar da forma como estamos jogando", minimizou.
Aquele título de 2011 foi, também, a última vez que Guardiola chegou à decisão do torneio europeu.
Seus dois últimos clubes (Bayern de Munique e, agora, Manchester City) não chegaram nem perto da taça "orelhuda", e há quem diga que isso é pouco para o profissional que sempre teve imagem e postura de campeão. Em 2011, não era difícil encontrar quem acreditasse que ele ganharia quase tudo.
As declarações de Guardiola antes da partida contra o Tottenham dão a entender que ele não vê uma possível eliminação como algo capaz de derrubar a temporada e todo a evolução tática de seu trabalho, mas nem mesmo ele pode negar que seu histórico recente na Champions não é tão vitorioso quanto prometia ser há 10 anos. Aliás, ele não tenta negar.
"Sei que no Bayern dizem que foi um grande fracasso eu não ter vencido a Champions depois de três temporadas. O que posso dizer? Aceito que as demais equipes foram melhores do que nós nesta competição. Ganhei anteriormente esta competição, eu sei. Tenho de conviver com isso, mas não é um grande problema. Isso me faz melhor", afirmou.
Para piorar, o Tottenham pode ser uma pedra no sapato duas vezes seguidas. Neste sábado (20), as duas equipes voltarão a se enfrentar no Etihad Stadium, desta vez pelo Campeonato Inglês, e Guardiola avalia que um resultado negativo pode tirar o City da briga pelo título nacional.
"Se não vencermos estes jogos nesta semana, vamos perder os dois títulos", avisou o técnico espanhol. Matematicamente, no entanto, a Premier League ainda não estará perdida mesmo em caso de derrota nesta 34ª rodada - se vencer, o City até reassume a liderança.
Veja o histórico de Guardiola na Champions desde 2011:
2017/2018 - Manchester City: Eliminado nas quartas pelo Liverpool
2016/2017 - Manchester City: Eliminado nas oitavas pelo Monaco
2015/2016 - Bayern de Munique: Eliminado na semifinal pelo Atlético de Madri
2014/2015 - Bayern de Munique: Eliminado na semifinal pelo Barcelona
2013/2014 - Bayern de Munique: Eliminado na semifinal pelo Real Madrid
2011/2012 - Barcelona: Eliminado pelo Chelsea na semifinal
2010/2011 - Barcelona: Campeão
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