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Palmeiras: Belluzzo aciona COF para apurar discriminação contra sócia

Deficiente cognitiva, Luiza Baú é sócia do Palmeiras - reprodução
Deficiente cognitiva, Luiza Baú é sócia do Palmeiras Imagem: reprodução

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/04/2019 04h00

Luiz Gonzaga Belluzzo pedirá ao COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras que o caso de suposta coação e discriminação com Luiza Baú, uma sócia que é deficiente cognitiva, seja investigado e que os eventuais culpados sejam punidos.

Após ler a reportagem publicada ontem, o ex-presidente entrou em contato com o UOL Esporte para informar que solicitará que os conselheiros abram uma sindicância.

Luiz Gonzaga Belluzzo, economista e professor da Unicamp - Fabio Braga/Folhapress - Fabio Braga/Folhapress
Belluzzo, ex-presidente do Palmeiras
Imagem: Fabio Braga/Folhapress

O Palmeiras foi consultado pela reportagem antes da publicação do caso e não se posicionou oficialmente.

"Eu li a reportagem e já pedi ao COF que eles instalem uma sindicância. O caso precisa ser apurado. Isso não pode acontecer no Palmeiras. O caso precisa ser investigado e, se tiver culpado, eles precisam ser responsabilizados. É essa a atitude de um clube democrático, com origem de imigrantes. Um clube que não discrimina ninguém", afirmou Belluzzo em contato telefônico.

Vale destacar que todos os ex-presidentes têm vaga cativa no COF automaticamente. Daqui para frente, se o pedido de sindicância for aceito, o clube elegerá uma comissão para que o fato seja apurado.

A jovem é representada pela sua mãe Silvia Carneiro. As duas relatam terem sido constrangidas e coagidas pelos funcionários do clube em uma sala da sede social durante 48 minutos de reunião, convocada pela coordenação com objetivo de convidar Luiza a se retirar das aulas de ioga.

Luiza, hoje com 26 anos de idade, tem uma deficiência cognitiva de nome kernicterus, também conhecida como encefalopatia bilirrubínica. Trata-se de uma condição na qual um pigmento da bile se torna tóxico a algumas células do tronco cerebral. Como consequência, a torcedora do Palmeiras em questão passou seus primeiros 17 anos de vida sem falar.

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