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Sornoza vai além dos cruzamentos e leva para casa a bola do título paulista

Equatoriano caprichou no passe, achou Vagner Love nas costas da defesa rival e ajudou a decidir o Paulistão - THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Equatoriano caprichou no passe, achou Vagner Love nas costas da defesa rival e ajudou a decidir o Paulistão Imagem: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Arthur Sandes e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

22/04/2019 12h00

A cena foi curiosa. Sornoza se destacou entre os jogadores do Corinthians que deixavam a Arena ontem à noite, após vencer o São Paulo por 2 a 1 e conquistar o título paulista. Em meio aos seus familiares, o equatoriano levava uma das bolas usadas na finalíssima do Estadual, segundo ele aquela com a qual deu a assistência para Vagner Love decidir o clássico.

Foi o nono passe para gol de Sornoza em 2019. Não o primeiro com a bola rolando, mas fatalmente o mais importante do ano até aqui. O meia é cobrado justamente pela baixa produção além da bola parada, mas ontem respondeu às críticas da melhor maneira. Em contra-ataque puxado aos 44 minutos do segundo tempo, ele primeiro afastou a bola de qualquer forma, depois a recuperou, colocou na frente e deixou Love de cara para Tiago Volpi. Aí, o gol do título.

É uma espécie de redenção de Sornoza, que apesar dos números de "garçom" é questionado por maior participação no jogo de bola rolando. Ele é disparado o líder de assistências no Corinthians, mas é rotulado por parte da torcida como lento e pouco participativo com a bola rolando.

Perguntado sobre o camisa 7, Fábio Carille admitiu ontem em entrevista coletiva que o atleta "tem oscilado com a equipe" e que pode jogar melhor. "Vai crescer com o tempo. É analisar melhor como cada jogador gosta de receber a bola", afirmou o treinador, que deixou Sornoza no banco de reservas na primeira final, mas na decisão o usou por 90 minutos.

Nasce aí o simbolismo em Sornoza levar a bola para casa após a final. É a bola que prova ao torcedor que ele é capaz de decidir também em lances construídos, não só nos escanteios e faltas que cobra com muito veneno em direção à área. Seu primeiro título no Corinthians foi conquistado com protagonismo.

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