Após Valentim, diretor executivo sofre processo de "fritura" no Vasco
O técnico Alberto Valentim não suportou a pressão da arquibancada e dos conselheiros e foi demitido após a perda do título carioca para o Flamengo. O treinador, porém, não é o único que vinha sofrendo um processo de "fritura" no Vasco. A bola da vez para os insatisfeitos agora é o diretor-executivo de futebol, Alexandre Faria.
O profissional tem sido contestado da mesma forma que Valentim, tanto de maneira interna como externa. Faria, porém, tem contado com o respaldo do presidente cruzmaltino, Alexandre Campello, embora o dirigente veja que a pressão está cada vez maior, algo que deixou claro que teve peso, por exemplo, com o técnico.
No último sábado (20), na véspera da final com o Flamengo, um grupo de integrantes de uma organizada vascaína foram ao hotel onde o elenco estava concentrado e exigiu uma conversa com Faria, mas o pedido não foi atendido pelos funcionários do clube que estavam na porta.
No episódio da demissão do treinador, o diretor-executivo ficou com a missão de informar à imprensa sobre o desligamento, enquanto Campello falou com os jornalistas na zona mista do estádio do Maracanã. No discurso, um certo desalinho: enquanto Faria depositava confiança numa continuidade do interino Marcos Valadares, o mandatário dava a entender que pretende buscar um comandante mais experiente.
Filho do ex-presidente Eurico Miranda e benemérito do clube, Eurico Brandão, o Euriquinho, ex-vice de futebol, acusou Alexandre Faria de estar causando um racha no elenco vascaíno:
Pressionado, o dirigente se defendeu sobre as críticas em relação ao time do Vasco após a derrota para o Flamengo por 2 a 0 no último domingo (21).
"Nossa capacidade de investimento é menor que dos outros clubes. O Vasco tem a menor folha de pagamento entre os oito finalistas dos principais campeonatos do país. Não é um elenco que o torcedor gostaria, mas é muito competitivo", disse.
O Vasco enfrenta o Santos amanhã (24) em São Januário pelo jogo de volta da quarta fase da Copa do Brasil. Como perdeu o primeiro duelo por 2 a 0, precisará vencer por três gols de diferença para ficar com a vaga. Caso vença por dois, a decisão irá para os pênaltis.
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