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Trem-bala de Cotia não para: Toró é mais um a agitar o São Paulo

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Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

28/04/2019 04h00

Depois de conduzir o São Paulo à final do Campeonato Paulista, o "Trem-bala de Cotia" deu as caras novamente, agora na abertura do Campeonato Brasileiro. Ontem, o Tricolor estreou na Série A vencendo o Botafogo por 2 a 0. A torcida, que foi ao Morumbi para ver a estreia de Alexandre Pato, comemorou muito mais o surgimento de outra promessa da base: Toró.

O atacante de 19 anos estreou como profissional substituindo justamente Pato, a quem considera um ídolo, e ficou perto de marcar um golaço logo em sua primeira participação. Uma arrancada impressionante pela esquerda, drible em dois marcadores e chute perigoso para Gatito Fernández.

A torcida, cada vez mais disposta a abraçar quem sai de Cotia, já colocou Toró na lista de queridinhos e gritou o nome do garoto natural de Belém de São Francisco, em Pernambuco. Apareceu mais um vagão para o trem-bala, que já tinha Luan, Liziero, Antony e Igor Gomes nos braços dos torcedores.

Toró é andarilho do futebol e quase deixou o São Paulo

A vida no interior pernambucano exigiu muita persistência de Toró. Ele demorou para consolidar a carreira em categorias de base, rodou por clubes pequenos do Nordeste, chegou a tentar a sorte no ASA, no Vitória, quase desistiu, mas conseguiu chegar ao futebol paulista há quase quatro anos. No Comercial de Salto, sofria com a saudade da família e ainda precisou encarar um assalto aos materiais esportivos do clube.

Tudo mudou quando o Primavera, de Indaiatuba, o contratou. Foi o passo definitivo para seguir no futebol. Toró rapidamente se firmou na equipe paulista, conseguiu ser um dos artilheiros da Copa São Paulo de 2017 e encantou o São Paulo. O Tricolor apostou alto e viu o atacante ser essencial nas conquistas recentes do sub-20, na Copa RS, nas Copa do Brasil e na Supercopa do Brasil.

A trajetória no elenco profissional começou somente em março deste ano, após defender a seleção brasileira no Sul-Americano Sub-20. Toró, no entanto, demorou a mostrar serviço nos treinos, chegou a ter um "intensivão" de finalizações com Cuca e estava perto de ser emprestado à Chapecoense. Foi quando Cuquinha, auxiliar e irmão do técnico tricolor, pediu sua permanência.

É um jogador velocista que joga na ponta direita, esquerda e de centroavante também. Foi muito bom ele ficar com a gente e pegar confiança, certamente vai nos ajudar bastante. Um jogador com essa característica hoje em dia é difícil
Cuca

Pato volta ao Tricolor com gol anulado e pouca participação

Alexandre Pato chegou ontem ao jogo de número 102 com a camisa do São Paulo. Foi o primeiro neste retorno, após três anos e meio de distância do Tricolor. A torcida, que ansiava pela volta do atacante, o ovacionou no anúncio da escalação no Morumbi e chegou até a gritar gol. Mas Pato estava impedido e tornou a festa tão tímida quanto sua reestreia. Além desse lance do gol irregular, o camisa 7 só apareceu de novo na etapa final com boa jogada pela esquerda que quase terminou em gol de Tchê Tchê.

É jogo a jogo. Cada treinamento é conversar mais, treinar mais alguns detalhes que precisa. Mas estou bem. Para entrar no meu ideal vai precisar de alguns. Mas estou feliz pelo meu início
Alexandre Pato

Tchê Tchê comanda meio de campo. Vitor Bueno faz participação relâmpago

Além de Pato e Toró, o São Paulo teve mais duas estreias na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo: Tchê Tchê e Vitor Bueno. O volante foi titular, sofreu com a falta de ritmo no primeiro tempo, mas teve grande destaque na etapa final. Nasceu com ele a jogada do segundo gol do São Paulo, marcado por Hudson. Já Vitor entrou no fim da partida, no lugar justamente de Tchê Tchê, e teve pouco tempo para aparecer.

A gente conseguiu a vitória que era o mais importante. Claro que temos muitas coisas para melhorar, sabemos disso, mas o mais importante é conseguirmos essas coisas que tem que melhorar com vitórias
Tchê Tchê

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Daniel Vorley/Agif
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Rubens Chiri/saopaulofc.net
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Rubens Chiri/saopaulofc.net

Sai, zica! Depois de dois jogos, Morumbi volta a ver gols

O São Paulo jogou pela sexta vez no Morumbi nesta temporada. Até então, só havia conseguido fazer gols em uma das cinco partidas anteriores, quando venceu o Ituano por 2 a 1. Para piorar, nos outros confrontos o Tricolor havia empatado por 0 a 0. Inclusive na semifinal contra o Palmeiras e na final contra o Corinthians no Paulistão.

A seca terminou aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Antony cruzou da direita e encontrou Everton entrando sozinho no meio da zaga botafoguense. O camisa 22 cabeceou no contrapé de Gatito e também encerrou um jejum de gols. Já eram 12 partidas sem que o meia-atacante marcasse pelo Tricolor. O tento anterior havia saído em janeiro, contra o Novorizontino, na segunda rodada do Estadual.

Em Goiânia, Cuca seguirá sem dupla de volantes

O São Paulo teve cinco desfalques para a estreia no Campeonato Brasileiro. E a lista deve se repetir para a segunda rodada, prevista para as 21h30 de quarta-feira, contra o Goiás, em Goiânia. Cuca não poderá contar, pelo menos, com os lesionados Luan, Liziero, Rojas e Pablo e também com o suspenso Gonzalo Carneiro.

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