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VAR estreia no Brasileiro com gol anulado, pênalti marcado e reclamações

Matheus Sebenello/Agif
Imagem: Matheus Sebenello/Agif

Do UOL, em São Paulo (SP)

28/04/2019 04h00

O primeiro dia de VAR no Campeonato Brasileiro foi determinante em alguns resultados ontem e, claro, não faltou a "famosa polêmica" na primeira rodada da edição da competição nacional de 2019. A tecnologia é uma novidade no Brasileirão. Em quatros jogos, o árbitro de vídeo passou desapercebido em dois - São Paulo 2 x 0 Botafogo e Flamengo 3 e 1 Cruzeiro - e fez "barulho" em Chapecoense 2 x 0 Internacional e Atlético-MG 2 x 1 Avaí.

No Morumbi, o árbitro fez uma consulta de cinco segundos após um botafoguense reclamar de empurrão que quase ninguém viu. Rapidamente, o juiz autorizou a cobrança de escanteio do clube carioca. No Maracanã, na vitória do Fla, o VAR não foi acionado em nenhum momento.

Já nos duelos na Arena Condá, em Chapecó, e Independência, em Belo Horizonte, o VAR causou discussão e foi determinante para o resultado dos jogos.

VAR é consultado e pênalti é marcado em Chapecó

O momento histórico do jogo na Arena Condá aconteceu aos 42 minutos do primeiro tempo. Emerson Santos tocou com a mão na bola, mas a equipe de campo não marcou pênalti. Cerca de 1min30 após apontar escanteio, o árbitro Raphael Claus visitou a cabine para conferir a jogada à beira do gramado. Em apenas 13s, o árbitro viu o vídeo, voltou atrás e apontou a marca do pênalti a favor dos donos da casa. Na cobrança, Everaldo converteu o pênalti e abriu o placar na Arena Condá.

VAR valida um gol e anula outro do Avaí; Betão se irrita

O Avaí balançou as redes de Victor em duas oportunidades na noite de hoje, no estádio Independência. Na primeira oportunidade, a arbitragem havia anulado o lance, assinalando impedimento de Brizuela. O jogador, no entanto, estava em posição legal. O árbitro de vídeo foi quem indicou a situação a Rodolpho Toski Marques (Fifa/PR).

Na sequência, Betão deixou a sua marca após cobrança de escanteio. O zagueiro ganhou de Leonardo Silva e mandou para o fundo da rede. O problema é que a bola tocou na mão do defensor. De acordo com a nova regra, é preciso marcar infração em lances de mão ou braço, mesmo que de forma involuntária.

Ao fim da partida, Betão foi tirar satisfação do lance com o árbitro Rodolpho Toski Marques. O zagueiro alega que não tocou a bola com a mão e recebeu cartão amarelo pelos excessos na reclamação com a arbitragem.

"Não bateu no meu braço, na hora bateu na minha coxa, pode ter batido na mão do Elias também. Muitos erros vão acontecer, é uma coisa nova, de repente não é culpa do árbitro. Nós jogadores temos que ter consciência de que erros e acertos vão acontecer, já acertaram e erraram contra a gente", disse o defensor.

"Fiquei indignado, perguntei de quem é a falta e ele falou eu não sei, só falaram que foi lance de mão, insisti na pergunta e ele me deu amarelo. A indignação é só do jogo, já passou, não bateu na minha mão. Não vou nem reclamar do empurrão, mas a bola bateu na minha coxa e entrou", concluiu.