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Atlético-MG tem que pagar R$ 2,7 mi por Otero sob risco de pena no mercado

Otero comemora gol marcado para o Atlético-MG contra o Vasco - CLEVER FELIX/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Otero comemora gol marcado para o Atlético-MG contra o Vasco Imagem: CLEVER FELIX/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

08/05/2019 17h06

O Atlético-MG terá que pagar 617.274,00 euros (R$ 2,7 milhões na cotação atual) ao Huachipato, do Chile, pela compra de Rómulo Otero, ocorrida em 2017. Os mineiros têm que desembolsar o valor até 30 de maio sob risco de pena de não registrar jogadores na próxima janela de transferências. A decisão foi divulgada pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

O UOL Esporte teve acesso ao documento enviado aos advogados de Huachipato e Atlético. O clube mineiro ainda precisa desembolsar mais 5 mil francos suíços (R$ 19.253,77 na cotação atual) por conta dos custos processuais, de acordo com o documento.

Um dos trechos do documento, em inglês, diz que o Galo deve cumprir a decisão sob risco de pena de não inscrever atletas tanto na próxima janela de transferências. O caso não se restringe ao futebol estrangeiro, mas também às contratações em âmbito nacional (confira a imagem abaixo).

Documento Otero - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

"No caso de você não cumprir suas obrigações conforme o ponto II.1/21 da decisão acima mencionada, lhe será imposta a proibição de registrar novos jogadores, seja nacional ou internacionalmente, para o próximo período de registro completo após a notificação da decisão", diz o documento.

"Em razão do acima exposto, solicitamos que você envie à FIFA, b1 até 30 de maio de 2019, provas documentais demonstrando que você cumpriu suas obrigações de acordo com o estabelecido no ponto III1 / 2.da decisão supracitada. Se não recebermos tais provas dentro do prazo estabelecido, a proibição acima mencionada será efetivada de acordo com a decisão pertinente", acrescentou.

A reportagem fez contato com o advogado Breno Tannuri, responsável pela defesa do Galo. Ele, no entanto, está proibido de falar sobre o tema com a imprensa.

A cobrança do Huachipato é por conta da venda de 50% dos direitos econômicos de Otero. O jogador se mudou para a Cidade do Galo em 2016 por empréstimo. No ano seguinte, os mineiros exerceram o direito de compra do atleta e deixaram de pagar 600 mil euros. O valor foi corrigido e, hoje, o débito é de 617.274,00 euros (R$ 2,7 milhões).

Os chilenos fizeram duas cobranças ao Atlético por meio dos advogados do clube. A primeira foi em 12 de julho de 2018, enviando inclusive dados bancários. Em 19 de julho do mesmo mês, o clube repetiu o pedido. Ambos não foram respondidos.

O Huachipato cobrava ainda mais sobre Otero, atualmente emprestado ao Al Wehda, da Arábia Saudita. Os chilenos queriam receber 2,5 milhões de dólares (R$ 9,83 milhões na cotação atual) por 50% do empréstimo do jogador ao Al Wehda, da Arábia Saudita. O fato, contudo, foi negado. À época, o Galo faturou 5 milhões de dólares (R$ 19,66 milhões) com o negócio.

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