Lucas festeja redenção após sofrer no PSG e mantém "sonho vivo" por seleção
Herói da classificação do Tottenham para a final da Liga dos Campeões ao marcar três gols na vitória por 3 a 2 sobre o Ajax, o atacante Lucas Moura concedeu entrevistas a emissoras brasileiras na tarde de hoje nas quais destacou a volta por cima depois de um período difícil no PSG e falou sobre o sonho de voltar à seleção.
Lucas disse que mantém o "sonho vivo" de ser lembrado por Tite para a disputa da Copa América, em convocação que será anunciada no dia 17 de maio, mas sabe que existem outros jogadores na sua frente. Desde que o atual treinador assumiu o cargo, em 2016, o atacante jogou apenas 46 minutos, em amistoso contra a Arábia Saudita em outubro do ano passado.
"Sempre foi meu objetivo (jogar na seleção), sempre tive o sonho de representar o meu país. Tenho 26 anos, sou jovem e o sonho continua vivo. Acredito muito no meu potencial, no meu talento, mas quem vai decidir é o treinador. Sempre digo que o Brasil consegue montar duas, três seleções muito competitivas. Existem jogadores vivendo grande momento, sei que alguns estão na minha frente. Mas vai depender da visão do treinador. Se vier (a convocação), estarei pronto, senão continuarei trabalhando normalmente", disse ao "SporTV".
Mais cedo, em entrevista à "Rede Globo". Lucas lembrou sua passagem pelo PSG e lamentou a falta de oportunidades que teve nos últimos meses. Por isso, o jogador encara o atual momento no Tottenham, clube que defende desde 2018, como uma redenção.
"Acho que é a volta por cima. Sem dúvida nenhuma, o momento no PSG - os últimos sete meses - foi o mais difícil da minha carreira. Eu nem era convocado para os jogos. Apareceu a oportunidade do Tottenham, (que) me abriu as portas, deu a oportunidade de jogar na Premier League", disse o atacante. "Agora estou jogando, sendo importante para a equipe, marcando gols, realizando o sonho de chegar em uma final de Champions League. Eu nunca deixei de lutar, acreditar, trabalhar. A recompensa, mais cedo ou mais tarde, vem", completou.
Em seu discurso, Lucas Moura deixou claro sentir alguma mágoa com o fim de sua passagem pelo Paris Saint-Germain. No entanto, deixar o Parc des Princes permitiu a ele realizar o sonho de atuar na elite do futebol inglês.
"Eu não queria ter saído da maneira que saí do PSG. Foram cinco anos que passei lá, construí uma história muito bacana. Como eu falei, os sete últimos meses foram muito difíceis para mim - eu nem era convocado para os jogos. Senti que eu poderia ser importante, poderia ajudar. O futebol, infelizmente, tem dessas coisas", disse o camisa 27, indo além.
"Essas coisas servem para nos fortalecer, nos amadurecer. Cheguei no Tottenham com muita fome de brilhar, de marcar meu nome na história do clube. Jogar na Premier League era um grande sonho que eu tinha. É um time que está sempre brigando nas primeiras colocações, sempre na Champions League. Poder fazer isso é o que todo jogador procura, no foco do futebol, na Europa. É um grande sonho. Sou muito grato a Deus por tudo que eu estou vivendo aqui", completou.
Nas semifinais da Liga dos Campeões, o Ajax venceu a partida de ida em Londres por 1 a 0, e ainda abriu 2 a 0 no jogo de volta em Amsterdã. No entanto, o Tottenham virou com três gols de Lucas Moura no segundo tempo e se classificou, graças aos gols marcados fora de casa. Para o brasileiro, foi "um dia muito especial" em sua carreira.
"Sem dúvida, um dia para ficar marcado, o dia mais emocionante e especial da minha vida profissional. Sei nem como explicar. Sabia que esse momento ia chegar, mas nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que seria dessa maneira. Parece eu que estou sonhando ainda", analisou, também à Rede Globo".
Veja mais declarações de Lucas
Clima no vestiário (entrevista à ESPN Brasil)
"Ontem foi um clima meio de frustração depois do primeiro tempo. Estávamos fazendo um bom jogo. Acabamos tomando dois gols, o que dificultou muito. No vestiário tinham pessoas exaltadas, falando que não poderíamos perder oportunidades. O treinador estava muito calmo, foi no quadro que ele fazia estratégias e falou que a gente deveria fazer um gol para estar no jogo. Ele disse que não tinha muita tática, ou estratégia, teria que ser mais coração e raça. Conseguimos, então, dominar no segundo tempo. Depois que saiu o primeiro gol, dá uma motivação extra, nos faz acreditar mais. Uma noite muito iluminada. O time inteiro foi muito guerreiro"
Alegria com a família (entrevista à ESPN Brasil)
"Ontem, quando acabou o jogo, eu não via a hora de chegar em casa e dar um abraço na minha esposa. Foi um momento de êxtase, vivendo um sonho, difícil conseguir dormir e nos próximos dias continuará sendo. Deus me deu meu filho no momento mais difícil que passei no PSG. Eu chegava em casa e via ele, minha esposa, era o que me ajudava muito. Minha família também me ajudou muito. Independentemente do que estava acontecendo na vida profissional, eles recarregavam minhas baterias. Eu sabia que no PSG ou outro clube eu iria viver o que estou vivendo hoje".
Despedida do São Paulo (entrevista à ESPN Brasil)
"Foi muito especial, clube do meu coração, clube que fui formado. Me despedir daquele jeito, com a casa cheia, fazendo gol, foi fantástico. O que aconteceu ontem na Champions League é o que todo jogador sonha. Tendo que reverter um placar que todos acreditavam que era impossível. Então foi muito emocionante. Jogo para ficar marcado para a história".
Sair da zona de conforto (entrevista ao SporTV)
"Temos que tomar decisões, acreditar no nosso talento. É difícil sair de onde estamos, mas devemos sair da zona de conforto às vezes, como fiz saindo do PSG. Aqui estou muito feliz, a torcida, os companheiros, estou jogando, me sentindo importante, e as coisas estão acontecendo. Não deixei de trabalhar, de respeitar as pessoas. É o que procuro levar para sempre"
Evolução na Europa (entrevista ao SporTV)
"Acho que tem que destacar que evoluí muito, estou muito mais completo, desde que cheguei aqui consegui jogar mais na frente, como centroavante, aprendi a jogar muito sem a bola aqui. Tive que me adaptar na parte física, para estar chegando na área com força. Aprendi muito isso, por isso talvez tenha melhorado minha média de gols".
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