Por que as 6 rodadas até a parada são fundamentais para quem almeja título?
As próximas seis rodadas da Série A do Campeonato Brasileiro até a parada para a disputa da Copa América não são definitivas para a competição, mas apontam tendências principalmente na parte de cima da tabela. Nos últimos quatro longos períodos sem jogos na era dos pontos corridos, em 2006, 2010, 2014 e 2018, só uma vez o time campeão não estava entre os três melhores antes das "férias forçadas". A exceção é o Palmeiras de Felipão, que saiu da sexta colocação na 12ª rodada - 8 pontos de desvantagem para o então líder Flamengo - para o título no ano passado.
Antes, o São Paulo era terceiro na 10ª rodada de 2006, o Fluminense tinha essa mesma posição na sétima rodada de 2010 e o Cruzeiro já liderava na nona rodada de 2014.
Neste ano, serão nove jogos até a interrupção. Os times ficarão cerca de 30 dias sem jogar, com a última partida no dia 13 de junho e o início da 10ª rodada no dia 13 de julho. Após três partidas, a liderança é do Atlético-MG, seguido por Palmeiras, São Paulo e Santos.
Por mais que a parada possa significar uma chance para equipes que começaram o campeonato devagar, o retrospecto mostra que as próximas seis rodadas já vão apontar quem de fato tem mais condições de brigar pelo título.
G-6, um clube quase fechado?
A importância de uma boa arrancada até a interrupção é reforçada pela estabilidade vista no grupo dos seis primeiros depois das paradas de 2014 e 2018. No último ano, com o campeonato parando na 12ª rodada, não houve mudanças, com Palmeiras, Flamengo, Internacional, Grêmio, São Paulo e Atlético-MG apenas alternando posições entre si na comparação em relação à classificação final.
Em 2014, com a parada ocorrendo na nona rodada a exemplo deste ano, apenas o Atlético-MG entrou no clube dos seis, subindo três posições até o quinto lugar e deixando o Grêmio em sétimo. Porém, vale lembrar que, naquela edição, a classificação para a Copa Libertadores era contemplada apenas os quatro primeiros colocados, que tiveram as presenças de São Paulo, Corinthians, Cruzeiro e Internacional.
Maiores ascensões
Nas posições intermediárias, o retrospecto aponta uma possibilidade de evolução maior. O Athletico-PR de 2018 é o maior exemplo disto, pulando da 19ª colocação ao final da 12ª rodada para a sétima ao fim do campeonato.
Em 2014, o Flamengo teve ascensão parecida, mas não chegou tão longe. Foi do 19º lugar na nona rodada para a décima colocação, terminando ao menos a competição longe da zona do rebaixamento.
Contra a descenso, variação é maior
Pegando as duas últimas paradas como parâmetro, fica nítido que entre as últimas posições a imprevisibilidade é maior. Em 2018, por exemplo, três das equipes rebaixadas (Sport, América-MG e Vitória) não estavam entre as quatro últimas no momento da interrupção. Por outro lado, Bahia, Athletico-PR e Ceará evoluíram e escaparam, sendo que apenas o Paraná estacionou na zona de descenso.
Em 2014, a situação foi parecida. O Flamengo disparou após a parada da Copa e logo se distanciou da zona do descendo, Coritiba e Figueirense também escaparam a apenas o Vitória permaneceu onde estava, caindo para a Série B. Já Bahia, Botafogo e Criciúma despencaram após a décima e foram rebaixados.
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