Saúde de pai pesou em negativa à procura do Atlético-MG, diz Rogério Ceni
O Atlético-MG demitiu Levir Culpi em abril e logo buscou um substituto. Depois de tentar Thiago Nunes, do Athletico, a diretoria atleticana foi atrás de Rogério Ceni, no Fortaleza. E não conseguiu.
Em entrevista ao canal FOX Sports Brasil, Rogério explicou o porquê da negativa - segundo ele, a qualquer clube que o procurasse naquele momento. Além da impossibilidade de iniciar a temporada, pesou também a condição de saúde de seu pai.
"Meu pai está muito doente e eu não consigo me dedicar. Aqui eu já tenho um ritmo de trabalho, quem trabalha comigo já conhece o meu sistema. E isso não era para o Atlético, mas para qualquer lugar que eu fosse. Eu teria que mergulhar e conhecer a fundo: jogadores, comissão, onde eu estou trabalhando... A estrutura do Atlético é incomparável, não tenha dúvida. Mas montar um plano de jogo, conhecer jogadores, isso leva um tempo", disse o treinador e elogiando o clube mineiro pela opção de manter Rodrigo Santana no cargo até aqui.
"Acho que o Atlético fez certo. O Rodrigo Santana já estava lá, já conhecia muito mais do que eu e qualquer outro treinador conheceria na chegada. Acho que o Atlético fez o correto, manteve um profissional que já conhece os atletas. Eu aqui tenho meus desafios. Tenho meus sonhos de chegar cada vez mais longe na carreira, mas achei que era o momento de não abrir conversação", completou.
Ao canal, Rogério Ceni disse ter sido procurado antes das finais do Campeonato Cearense, realizadas nos dias 14 e 21 de abril. Entre uma partida e outra, o pai do ex-goleiro foi hospitalizado.
"Na semana entre os dois jogos, meu pai foi internado, ficou 14 dias no hospital, ainda se encontra em uma situação muito delicada. Achei que era uma mudança em que eu não poderia entregar para o Atlético o que o Atlético espera de um bom profissional", disse Rogério, que admite a mudança no futuro, "podendo ter uma pré-temporada, podendo ter duas ou três semanas para trabalhar".
A proposta do Atlético-MG, porém, não foi a única recebida por Rogério Ceni desde que assumiu o Fortaleza. Contratado em novembro de 2017, o ex-goleiro disse já ter sido procurado para deixar o clube; no entanto, para ele, pesou a possibilidade de poder fazer o planejamento de uma temporada desde o início.
"Nesses 16 meses, tive quatro propostas para sair daqui. Na Série B (de 2018), achei que o mais importante era completar um ciclo no local: fazer pré-temporada, sobrevier ao Estadual, fazer o campeonato nacional e fechar esse ciclo. Mas eu fique 25 anos no São Paulo, sou uma pessoa de difícil mudança: vou num restaurante, gosto de pedir a mesma comida, sentar no mesmo lugar, gosto de estar com as mesmas pessoas, fazer os mesmos horários. Você se apega", explicou.
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