Arana não atua desde fevereiro no Sevilla e procura novo time na Europa
Poucos dias atrás, durante mesa redonda que discutia a atual fase do Sevilla, surgiu na tela a imagem do lateral esquerdo Guilherme Arana. Com um misto de surpresa, um dos comentaristas espanhóis reagiu com um sorriso à presença do brasileiro na atividade. "Faz tanto tempo que não escutávamos sobre ele que não sabia que ele havia descolorido o seu cabelo", afirmou. A cena reflete um pouco do momento do ex-corintiano.
Nos últimos três meses, Arana não atuou nenhuma vez pelos andaluzes. Para piorar, nem mesmo entrar na lista de relacionados do clube ele tem conseguido. Foram apenas duas aparições nas 15 partidas mais recentes.
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A sua rotina tem se resumido a treinar, voltar para a casa e aguardar pela reabertura da janela de transferências no país, em julho.
Nenhuma das partes faz segredo sobre o seu desejo. O Sevilla quer se desfazer do jovem jogador de 22 anos, enquanto que o brasileiro, conforme escutado pelo UOL Esporte, pretende se ver livre da situação que descreveu como "pesadelo". Os seus agentes trabalham para conseguir um novo destino e têm oferecido o seu nome no mercado europeu.
Entre os procurados, estão Milan, Sampdoria, Bologna, Bordeaux e Lyon.
A princípio, a Série A italiana e a Ligue 1 francesa contam com predileção. Não está descartada, ainda assim, um retorno ao Brasileirão.
Em março, o diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, chegou a viajar até a Espanha para tentar repatriá-lo e esbarrou na postura firme e cautelosa do Sevilla. Existia o receio de atraso no pagamento das parcelas por parte dos paulistas. A oferta alvinegra girava ao redor de 8 milhões de euros (de acordo com a cotação da época, R$ 34 milhões).
"O discurso é de que eles têm interesse (na venda), mas quem aumenta o valor e diminui as parcelas parece que não quer (negociar)", reclamou Duílio na ocasião.
O estafe de Arana quer evitar uma definição arrastada que prolongue ainda mais o hiato fora dos gramados do lateral e acabe virando uma novela nos mesmos moldes que cercou a rescisão do compatriota Paulo Henrique Ganso. Para pessoas próximas, não existe mais clima para o ex-corintiano continuar no clube.
Dois exemplos são dados para ilustrar isso: mesmo com Arana disponível, a comissão técnica prefere mudar o esquema a escalá-lo no lado esquerdo da defesa ou mesmo improvisar o meia holandês Promes para cumprir a função.
O Sevilla, por outro lado, se encontra em compasso de esperar para bater o martelo sobre o seu futuro e dá de ombros para o que faz fora das quatro linhas.
Ao cortá-lo dos relacionados para enfrentar o Slavia Praga, pela Liga Europa, em março, o então técnico Pablo Machín explicou que não tinha conhecimento "de que Arana iria sair", dizendo que ele vinha de um processo de "recuperação gripal". Nada que o tenha impedido, no entanto, de passar o fim de semana em Barcelona comemorando o aniversário do ex-colega e amigo de longa data Malcom.
O seu caso está entregue ao diretor Monchi, que está de volta ao clube após passagem pela Roma.
Arana tem contrato até junho de 2022 com o Sevilla, que briga com Getafe e Valencia por uma vaga na Liga dos Campeões na próxima temporada.
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