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Sampaoli encara primeiras "cornetas" após rodízio questionado e goleada

Jorge Sampaoli, técnico do Santos, durante clássico contra o Palmeiras - Ivan Storti/Santos FC
Jorge Sampaoli, técnico do Santos, durante clássico contra o Palmeiras Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

19/05/2019 04h00

O técnico Jorge Sampaoli manteve o rodízio no Santos no clássico de ontem (18) diante do Palmeiras, no Pacaembu, e viu seu time ser goleado por 4 a 0 pelo rival. Com vários jogadores considerados titulares no banco, o argentino ouviu as primeiras cornetas desde que chegou ao Peixe.

Nesta temporada, o Santos nunca repetiu uma escalação em jogos consecutivos. Na prática, o rodízio só foi instaurado de verdade a partir da metade do Campeonato Paulista, pois o Peixe ainda estava em formação no início da temporada comprando e vendendo jogadores, e por isso Sampaoli acabava não repetindo o time.

No entanto, o argentino deixou claro que esse esquema de rodízio é sua filosofia. Ele justifica que sempre preza por ter jogadores "frescos" em campo, no máximo de suas condições físicas. A ideia é ter alta intensidade durante todo o jogo, mas ontem a escolha se mostrou errada.

Santistas não se conformam com Ferraz, Jorge e Rodrygo no banco

Quando a escalação foi divulgada houve espanto geral. Jorge Sampaoli optava novamente pelo rodízio mesmo diante do jogo mais importante dos últimos tempos, valendo a liderança do Brasileirão e diante de um rival. Mesmo assim, o argentino colocou três dos pilares do time no banco: o capitão Victor Ferraz, o lateral-esquerdo Jorge e o atacante Rodrygo. As escolhas provocaram revolta nas arquibancadas e nas redes sociais.

Rodrygo sequer entra no jogo, mas Sampaoli explica

O Palmeiras abriu 2 a 0 no placar logo no início do jogo e quanto mais o tempo passava e Rodrygo não entrava na partida, mais os santistas reclamavam. O Menino da Vila não entrou no jogo e a torcida cornetou as substituições de Sampaoli.

No entanto, Sampaoli explicou, em entrevista coletiva após a partida, que Rodrygo avisou durante o aquecimento que sentiu uma lesão e não conseguiria jogar. Xodó da torcida, o atacante está em reta final no Santos e se apresenta em julho ao Real Madrid (ESP), clube que adquiriu seus direitos na metade do ano passado. O camisa 11 foi convocado para a seleção Pré-Olímpica e o Santos pediu a dispensa do jogador. Caso o Peixe não consiga, Rodrygo teria apenas mais duas partidas com a camisa santista.

Mesmo questionado, rodízio deve ser mantido

Sampaoli admitiu o "fracasso" contra o Palmeiras e assumiu a responsabilidade pelo resultado, mas não deve mudar suas convicções. O argentino ressaltou que o Santos fez três jogos em apenas uma semana para justificar algumas ausências e enfatizou a importância de ter jogadores no auge da forma para todos os jogos.

"A gente jogou há 48 horas. Colocamos os que estavam melhor. A minha responsabilidade é saber quem jogará nessa equipe e só jogará quem estiver 100%", disse Sampaoli.

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O que vem por aí

Depois de uma semana cheia, o Santos terá a próxima livre para juntar os cacos e se preparar para o duelo da próximo domingo, contra o Internacional, às 16h, na Vila Belmiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Para o confronto, o técnico Jorge Sampaoli não poderá contar com Alison e Derlis González, suspensos. Eduardo Sasha, com dores na coxa esquerda, será reavaliado e é dúvida.

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