Kalil, sobre inquérito do MP contra arena do Galo: "obedeceremos a justiça"
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, se pronunciou na tarde de hoje sobre a Arena MRV, alvo de inquérito do Ministério Público de Minas Gerais. O ex-presidente do Atlético-MG disse que, se a justiça acatar o pedido do órgão público, suspenderá a Licença Prévia (LP) para início das obras do estádio, obtida em abril passado.
O político se pronunciou no Salão Nobre da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), ao lado de Maria Fernandes Caldas, Secretária Municipal de Política Urbana, e Mário Werneck, Secretário Municipal de Meio Ambiente.
Em rápido discurso sobre o tema, ele revela que foram impostas condições para que o Galo tivesse o primeiro pedido sobre construção no local aprovado.
"O problema do campo é mais simples. Muito simples. Recebemos a licença ambiental e demos o encaminhamento que a Prefeitura tem que dar para todo equipamento a ser feito nessa cidade. Neste encaminhamento, a Prefeitura colocou 46 condições para se fazer o campo. Muito bem. A única coisa que foi dada e deliberada, não pelo prefeito de Belo Horizonte, mas pelo Comam, que é um órgão deliberativo, é que se possa cercar o terreno e continuar os estudos. E nada mais que isso", comentou.
"Se o Ministério Público pedir a interdição da obra, e a Justiça mandar parar, vamos parar o licenciamento. Vamos obedecer, está certo? Aqui ninguém vai fazer nada de errado para o Atlético, para o América ou para o Cruzeiro. Nem pensar. Não vamos fazer nada errado para ninguém. Vamos aguardar", acrescentou Alexandre Kalil, alfinetando o Mineirão:
"O equipamento é importante, muito melhor que o equipamento na mão de empreiteiro, tem que pagar para jogar. Ninguém sabe quem é o dono... É um equipamento que dará desenvolvimento para a cidade. Essa é a minha opinião como prefeito e atleticano. Mas se a Justiça mandar parar o licenciamento, pararemos. Não há problema", concluiu.
Há um acordo entre a MRV Engenharia, detentora dos naming rights do estádio, e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) em que obriga a empresa a plantar uma árvore para cada lugar no local. Ao todo, serão mais de 45 mil mudas plantadas. A informação foi divulgada inicialmente pelo Globoesporte.
Na última semana, Arena MRV e Ministério Público protagonizaram um embate público. O órgão público divulgou nota dizendo que pediria a interdição do local destinado à construção do estádio. A empresa que administra o campo, por sua vez, rebateu, alegando que está tudo dentro dos conformes, atendendo a pedidos da secretaria municipal de meio ambiente.
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