Alvo de piada de Crivella, Vasco já teve ajuda de S. Cabral por patrocínio
Motivo de piada feita pelo prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, em evento que aconteceu na última terça-feira, o Vasco já teve uma relação bem diferente com os protagonistas do poder público, a ponto, inclusive, de ter o governador do Rio articulando a favor de patrocínio.
Na última terça-feira, Marcello Crivella criou polêmica ao falar que iria batizar a Ciclovia Tim Maia de Vasco porque "os dois vivem caindo". A declaração não pegou bem e gerou até nota oficial do clube repudiando os dizeres.
Em dezembro de 2008, porém, o então governador Sérgio Cabral, vascaíno declarado, ajudou o Cruzmaltino, à época sob gestão de Roberto Dinamite, a costurar parceria com Eletrobras. A cerimônia de anúncio do patrocínio aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e contou com a presença de Cabral, Dinamite e de José Antonio Muniz, presidente da estatal - que investiu R$ 14 milhões por ano.
Cabral também ajudou o Vasco na negociação que culminou com a assinatura de contrato de patrocínio com a Nissan, em 2013. Nesta época, a montadora de carros japonesa conversava com o governo do Rio a instalação de uma fábrica em Resende, localizado ao sul do estado - o complexo foi inaugurado em abril de 2014.
Sergio Cabral Filho e Sergio Cabral eram vistos em jogos do Vasco e chegaram a ir a São Januário para participar das eleições presidenciais. No pleito de 2011, o ex-governador foi levado por Roberto Dinamite - que buscava reeleição como mandatário do clube - a uma visita aos vestiários da Colina, recém-reformados.
Em 2007, em entrevista à Revista "Isto É", Cabral afirmou que tinha o sonho de, um dia, ser presidente do Vasco. Em 2014, chegou a levantar a hipótese de se candidatar, mas a ideia não foi à frente. Eurico Miranda acabou vencendo o pleito, que teve Julio Brant e Roberto Monteiro como concorrentes.
Além de Cabral, outra figura que nunca escondeu ser vascaíno e, sempre que teve oportunidade, enalteceu o time de coração foi o ex-prefeito Eduardo Paes. À frente da Cidade Maravilhosa, por dois mandatos (2008 a 2016) ele citava o cruzmaltino em eventos oficiais e, em 2011, por exemplo, presenteou, com camisas do Vasco, Carlos Arthur Nuzman, então presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e Gilbert Felli e Nawal El Moutawake, que chefiavam a comissão do Comitê Olímpico Internacional (COI), durante visita ao Rio (na ocasião, próxima sede da Olimpíada e Paralimpíada).
Paes, em 2012, quando concorreu à reeleição, em tom de brincadeira, disse que só "tratava bem flameguista em época de eleição", além de fazer brincadeiras com tricolores.
Carlos Roberto Osorio, que foi deputado estadual pelo PSDB, e um dos nomes fortes do governo, é conselheiro do Vasco e se envolveu com a política do clube em 2017, quando apoiou a chapa de Júlio Brant.
Atual deputado federal pelo Partido Novo, Paulo Ganime foi vice-presidente de Gestão Estratégica no ano passado, durante gestão de Campello, se licenciando para ser candidato - foi eleito com 52.983.
Hoje pela manhã, em evento no Palácio da Cidade, Crivella vai assinar cessão de terreno para o Vasco construir o centro de treinamento - o local fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. A movimentação foi adiantada em uma tentativa de colocar "panos quentes" na situação incômoda que foi criada nos bastidores.
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