Sem ofício da CBF, Santos e Athletico tiram Rodrygo e Renan Lodi de rodada
Torcedores de Santos e Athletico estranharam ao saber da escalação das equipes que enfrentaram Ceará e Fluminense, respectivamente, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Pelo clube paulista, Rodrygo ficou fora de última hora e acabou cortado até do banco de reservas. Já no clube rubro-negro, o lateral esquerdo Renan Lodi foi vetado. Ambos os casos têm a ver com o medo de uma punição dos clubes em relação aos atletas.
Rodrygo e Renan Lodi estão convocados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para defender a seleção olímpica no Torneio de Toulon. Os dois, assim como Gabriel e Thiago Maia (Lille), não se apresentaram ao técnico André Jardine, que estreou na competição com vitória por 4 a 0 sobre a Guatemala. Os clubes referendaram a posição dos atletas e brigavam pela liberação.
Tanto Santos quanto Athletico justificaram a ausência pela falta do documento de desconvocação dos dois, conforme informação confirmada pelo UOL Esporte com a assessoria de imprensa dos dois clubes. Tal documento, no entanto, não será enviado pela entidade máxima do futebol brasileiro.
Também em contato com a reportagem, a CBF assegurou que Rodrygo e Renan Lodi seguem convocados, assim como Gabriel e Thiago Maia - a entidade trata que o quarteto não se apresentou "por conta própria". O Brasil encara a França na quarta-feira e encerra a participação na primeira fase contra o Qatar, no próximo sábado.
A desobediência em relação a uma convocação consta como uma infração no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O artigo 207 ordena uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil a um clube que "ordenar ao atleta que não atenda à requisição ou convocação feita por entidade de administração de desporto, para competição oficial ou amistosa, ou que se omita, de qualquer modo."
O Torneio de Toulon, embora tradicional, não é tratado como uma competição oficial da Fifa. Na França, André Jardine usa convocados sub-23 e abre a preparação rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Campeão no Rio de Janeiro de forma inédita, há três anos, o Brasil busca o segundo ouro consecutivo.
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