Brasil se recusa a aceitar "Padrão Fifa" para Mundial sub-17
O Brasil vai receber o Mundial sub-17 em setembro e escolheu Brasília, Goiânia e Vitória como sedes para o torneio. Mas mandou um recado claro: não vai aceitar que a Fifa tenha isenção de impostos e que uma lei seja aprovada no Congresso para que conceda os benefícios que a entidade máxima do futebol teve durante a Copa do Mundo de 2014.
Conhecidas como "Padrão Fifa", as exigências da entidade para a organização do Mundial incluíam dezenas de critérios sobre a utilização dos estádios, além de regras para isentar os organizadores do pagamento de impostos locais ou mesmo de tarifas de importação.
Diante da tensão política entre Legislativo e Executivo, dirigentes da CBF consideraram que não existia espaço neste momento para solicitar favores dos parlamentares. Além disso, temia-se que a imagem ruim deixada pela Copa de 2014 e os benefícios recebidos pela Fifa naquela ocasião uma vez mais contaminasse o evento, agora em 2019.
Inicialmente, o evento teria de ter sido realizado no Peru. Mas as condições não foram consideradas como ideais. A Conmebol, porém, pediu que o torneio não saísse da região e o Brasil se apresentou como uma opção. Mas com a condição de que as exigências não fossem as mesmas de 2014.
Quanto às sedes, Brasilia foi escolhida para dar função real ao estádio da capital. O Mané Garrincha, assim, será usado para a abertura e final. O outro estádio usado será o de Gama.
Em Goiânia, mais dois estádios serão usados, além de outro em Vitória.
Os organizadores ainda usarão a mesma estrutura montada pela CBF para organizar a Copa América, que tem início dia 14 de junho.
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