Campello analisa renúncia no Vasco em reunião com diretoria
O presidente do Vasco, Alexandre Campello, convocou uma reunião para às 17h de hoje (3) com a diretoria para debater sobre seu ameaçado futuro no comando do clube. Até a possibilidade de renúncia será discutida. O encontro acontecerá três horas antes da assembleia no Conselho Deliberativo que votará sobre uma abertura de sindicância ou não contra ele, e que pode ter como consequência um impeachment de seu mandato.
Preocupado, o dirigente traçará algumas estratégias e também quer saber entre os seus pares quem estará ao seu lado caso opte por renunciar.
Durante a apresentação do novo diretor-executivo de futebol, André Mazzuco, o presidente cruzmaltino demonstrou estar com a consciência tranquila em relação às denúncias:
"Quem não deve, não teme. Estão investigando todos os documentos há um ano e meio e não pegaram nada. Eu vou entrar e sair da reunião sendo a mesma pessoa".
A denúncia que será debatida hoje no Conselho Deliberativo foi feita por 60 conselheiros e consiste num possível prejuízo de cerca de R$ 4 milhões por acordos judiciais não cumpridos após a demissão de funcionários do clube.
Em caso de renúncia
Caso Alexandre Campello opte pela renúncia, o vice-presidente geral, Elói Ferreira, assume o cargo interinamente e é obrigado a convocar nova eleição como prevê o estatuto do clube, já que o atual presidente ainda não possui um ano e meio de mandato.
Em caso de impeachment
A tendência na votação do conselho é de que a maioria de votos seja pela abertura de sindicância contra Campello. Se isso acontecer, uma comissão de conselheiros será formada para investigar as denúncias. Caso fiquem comprovadas as irregularidades, um processo de impeachment deverá ser solicitado. Se o dirigente for impedido (se faz necessário 2/3 de votos no Conselho Deliberativo), há dois cenários:
- Antes de um ano e meio de mandato de Campello, novas eleições deverão ser convocadas ainda neste ano dentro do Deliberativo para uma "administração tampão". Há uma espécie de "acordo de cavalheiros" entre os grupos políticos para se ter um nome de consenso, que hoje é ventilado entre José Luiz Moreira, Jorge Salgado, e outros.
- Porém, se o prazo for ultrapassado, o vice-geral, Elói Ferreira, comandará o clube até o fim de 2020, quando se encerraria a administração de Campello.
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