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Grupo de Brant informa que votará por sindicância contra Campello no Vasco

Julio Brant e Alexandre Campello depositam seus votos em eleição presidencial no Vasco juntos quando ainda eram aliados - Thiago Ribeiro/AGIF
Julio Brant e Alexandre Campello depositam seus votos em eleição presidencial no Vasco juntos quando ainda eram aliados Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

03/06/2019 13h01

O grupo "Sempre Vasco", que tem cerca de 60 cadeiras no Conselho Deliberativo do Cruzmaltino, emitiu uma nota na tarde de hoje (3) sobre a reunião do Deliberativo que acontecerá à noite e afirmou que votará a favor da sindicância que vai apurar possíveis irregularidades da gestão do presidente Alexandre Campello. Por outro lado, ressalta que o afastamento não deve ser imediato para que o mandatário possa se defender.

No documento, a "Sempre Vasco" salienta que o clube precisa de uma intervenção e aponta que Campello deveria ir à Justiça "e fazer um acordo para que aconteçam eleições em 2019"

No último pleito, Alexandre Campello veio candidato a vice de Julio Brant, que encabeça a "Sempre Vasco". O grupo foi o vencedor nas urnas, mas antes da escolha do Conselho Deliberativo, Alexandre Campello deixou a "Sempre Vasco" e se uniu à "Identidade Vasco" e "Casaca" - grupo então liderado por Eurico Miranda, que morreu em março -, sendo apontado como novo presidente do Vasco.

"Eleições diretas é a solução ideal, mas a factível nasce de quem criou o problema: Alexandre Campello. Basta que ele coloque o Vasco em primeiro lugar. Para isso deve procurar a Justiça e fazer um acordo para que aconteçam eleições em 2019, dando aos sócios o direito de decidir os rumos do Vasco. Simultaneamente, criar uma comissão de fiscalização, compostas pelas principais correntes políticas, para auditar a secretaria a fim de evitar a judicialização das eleições".

Veja a nota na íntegra:

"Vascaínos,

Com o time em último lugar no Campeonato Brasileiro e com uma campanha pior do que as dos rebaixamentos, é óbvio que algo precisa ser feito.
Vivemos a consequência de uma sucessão de erros onde Campello, que nunca aceitou ajuda, arruina tudo e não constrói nada. Vivemos uma profunda crise no futebol, nas finanças, na imagem e confiança.

Os funcionários vivem a angústia de não saber se terão recursos para pagar o aluguel e a humilhante situação de não ter a certeza se vão conseguir alimentar suas famílias.
Por sua vez, o time é o reflexo da falta de planejamento, liderança e do ambiente caótico que Alexandre Campello e sua diretoria reforçam todos os dias, com promessas vazias que não trazem tranquilidade e segurança para os atletas e comissão técnica. São salários atrasados e a falta de perspectiva no recebimento dos futuros. No vestiário, é nítido que ninguém confia em Alexandre Campello. Falta credibilidade para quem nunca teve.

O técnico Wanderley Luxemburgo, comissão técnica e o time estão tentando alternativas. Fica aqui nosso apoio.

O Vasco precisa de uma intervenção.

Eleições diretas é a solução ideal, mas a factível nasce de quem criou o problema: Alexandre Campello. Basta que ele coloque o Vasco em primeiro lugar. Para isso deve procurar a Justiça e fazer um acordo para que aconteçam eleições em 2019, dando aos sócios o direito de decidir os rumos do Vasco. Simultaneamente, criar uma comissão de fiscalização, compostas pelas principais correntes políticas, para auditar a secretaria a fim de evitar a judicialização das eleições.

No Conselho Deliberativo, a Sempre Vasco vai seguir as convicções e os valores que defende: proteger o Vasco, democracia, legalidade e transparência. A propósito, transparência é artigo em falta no Vasco.

Encaminharemos a proposta e o voto a favor da sindicância, contudo sem o afastamento de Alexandre Campello, garantindo, assim, o direito da ampla defesa, além de buscar a tranquilidade e o apoio que a equipe precisa para encontrar as vitórias.

Nossa posição será o reflexo da voz da torcida, sempre fiel ao que acreditamos ser o correto para o clube, por meio de decisões colegiadas, democráticas e capazes de representar nossa união diante dos desafios do clube. Nossa posição é não nos alinharmos nem a Alexandre Campello e nem a Roberto Monteiro. Nosso compromisso é não colocar o Vice Presidente Elói Ferreira na presidência do clube.

Manteremos nossa independência e autonomia, sem alinhamentos políticos com nenhum desses grupos, que não acreditamos serem capazes de construir o futuro que o Vasco merece. Nenhum deles merece o apoio do nosso grupo e nem o dos vascaínos.

Hoje vamos lutar pelo futuro do Vasco antes que seja tarde".

Vasco