Guerrero foi para seleção. E agora? O que muda no Inter sem o peruano
Desde que estreou, Paolo Guerrero foi protagonista no Internacional. Artilheiro do time no ano com nove gols em 13 jogos, o último na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, ontem, o peruano de 35 anos se despede momentaneamente do time para servir à seleção de seu país na Copa América. Sem ele, a equipe de Odair Hellmann vai mudar bastante.
Rafael Sobis será o substituto. Segundo o treinador do Inter, caso não sofra qualquer lesão, o ex-cruzeirense ocupará o comando de ataque. Mas, pelas características, irá gerar mudanças não apenas no comportamento individual, mas também no coletivo da equipe.
Muda a forma de receber a bola
Durante vários momentos do jogo contra o Avaí, se repetiu uma estratégia que acontece com frequência no Inter. Se o sistema defensivo se vê apertado, lança a bola alta para que o centroavante dispute por cima e segure por lá até a chegada dos companheiros. Mais alto, Guerrero consegue dominar ou mesmo encontrar colegas em passes de cabeça ou peito.
Já Rafael Sobis não tem a mesma estatura. Ainda que seja bastante forte, prefere receber mais atrás para começar a jogada. Não é o pivô ou mesmo a proteção para avanço dos colegas a principal forma com que ele trama jogadas.
Além disso, Guerrero joga mais perto do gol adversário. Dificilmente o peruano recua deixando espaços para serem ocupados por companheiros. Sobis tem como movimento mais eficaz o regresso para tramar a jogada desde o meio, mas para isso funcionar ele precisa da ajuda dos colegas.
Alteração coletiva dos extremas
Com Guerrero, os jogadores de lado atual em busca da linha de fundo. Independentemente de onde recebam a bola, Nonato e Nico alternam com Uendel, já que Iago está na seleção sub-23, e Zeca em chegadas à esquina de campo de olho eh cruzamentos. Estão cientes de que na área há um jogador cuja bola aérea é arma.
Com Rafael Sobis, os extremas necessariamente precisarão entrar em diagonal e ocupar a área. Em vez de procurarem o fundo auxiliados pelos laterais, mudarão o destino para os locais em que possam receber para conclusão e não o cruzamento.
É preciso "fugir" de D'Alessandro
Rafael Sobis terá uma tarefa a mais: não poderá ocupar o mesmo espaço que D'Alessandro. Quando o argentino atua, é ele quem cria centralizado atrás do centroavante. Como Sobis gosta de recuar para participar do início da jogada e quem sabe até concluir de fora da área, precisará encontrar outro lugar de campo que não esteja ocupado pelo companheiro.
"O Sobis foi muito bem contra o River, conseguimos usar ele dentro das características que tem. É claro que não vamos jogar para ele a bola para buscar o confronto de primeira bola, uma disputa, não é a grande característica dele. Tem que diminuir esta jogada, aumentar o número de bolas trabalhadas pelo chão. Ele cria dificuldade para a linha defensiva porque gosta de sair, jogar nas costas do volante adversário. E tem a movimentação da equipe para que ele, fazendo isso, possa criar as jogadas. Precisamos pisar na área com jogadores para definir. Mas já jogamos assim muitas vezes, estamos acostumados. Ele tem uma boa conclusão de fora da área. Não é a mesma característica, mas vamos tentar visualizar o todo e fazer o jogo potencializar isso", disse o técnico Odair Hellmann.
O primeiro jogo sem Guerrero será na próxima sexta-feira, contra o Vasco, fora de casa.
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