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Polícia intimará acusadora de Neymar e condução coercitiva é último recurso

Neymar, durante treino da seleção brasileira antes da Copa América - Lucas Figueiredo/CBF
Neymar, durante treino da seleção brasileira antes da Copa América Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

05/06/2019 13h30

A mulher que acusa Neymar de estupro não atendeu duas convocações da Polícia Civil para prestar novos esclarecimentos sobre o boletim de ocorrência que registrou. Ela será chamada outra vez. O UOL Esporte apurou que não existe um limite de intimações e pode ocorrer condução coercitiva. Mas pessoas ligadas a investigação informaram que este mecanismo será utilizado apenas como último recurso e caso ela volte a não atender as notificações.

A suposta vítima de estupro deveria ter comparecido à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher na segunda (3) e depois na terça-feira, mas faltou nas duas ocasiões. A Polícia Civil quer esclarecer as declarações de José Edgar Bueno, primeiro advogado da mulher que acusa Neymar. Segundo ele, ela tinha tido a intenção inicial de reportar crime de agressão e não violência sexual.

Outro ponto que precisa ser esclarecido são os exames feitos pela mulher que acusa Neymar. Tratadas como prova pericial indireta na linguagem jurídica, os exames feitos por um médico e que apontaram lesão precisam ser entregues à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher.

Estas ausências nos depoimentos impedem estes trâmites, por isso a possibilidade de condução coercitiva. Ocorre que a Polícia Civil não quer chegar a este extremo e prefere esgotar os convites para um depoimento espontâneo.

Não existe uma regra sobre um número limite de intimações antes de uma condução coercitiva. A prática sugere três notificações, mas isto varia de caso a caso.

A delegada à frente da investigação e a Secretaria de Segurança Pública não comentam porque a apuração corre em sigilo.