Como uniforme da seleção mostra que a Copa do Mundo mudou para as mulheres
A seleção brasileira fará história simplesmente ao entrar em campo para sua estreia na Copa do Mundo feminina, no dia 9 de junho, contra a Jamaica, em Grenoble. Pela primeira vez em uma competição oficial, a equipe usará um uniforme totalmente feito para as mulheres, sem reaproveitar o design da camisa do time masculino.
A novidade contrasta com o que as jogadoras brasileiras viveram em 1988, na China, quando a Copa do Mundo teve caráter experimental. As mulheres tiveram de usar uniformes dos homens; ou seja, as atletas foram obrigadas a vestir camisas, jaquetas, calções e calças em tamanho masculino.
"Eu me lembro perfeitamente de 1988. A gente tentava dobrar, mas não tinha jeito mesmo. Hoje em dia a Nike está até fazendo uniforme exclusivamente para o feminino, mas a gente não teve essa 'sorte'", disse Sissi ao UOL Esporte, referindo-se aos novos modelos da fornecedora norte-americana.
Craque e referência da seleção brasileira antes de Marta, a camisa 10 revelou que os uniformes masculinos chegaram a virar motivo de piada entre as jogadoras. "A gente ficou até tirando sarro uma da outra. Era uniforme, agasalho, tudo. Era o material destinado ao masculino", completou.
Em 2019, a Nike patrocina 14 das 24 seleções que disputarão o Mundial feminino. Dentre elas, 10 terão uniformes com designs exclusivamente femininos - as exceções são Chile, Nigéria, África do Sul e Coreia do Sul, que, segundo a empresa, pediram para usar os mesmos desenhos das camisas masculinas. O pedido é facilmente explicado pelo sucesso que o uniforme nigeriano fez em 2018, por exemplo.
O modelo brasileiro tem uma inscrição na parte interna de sua gola: "Mulheres Guerreiras do Brasil". Para Andressa Alves, jogadora do Barcelona, a simples existência de um uniforme como este já é símbolo de evolução e conquista.
"Nós somos mulheres guerreiras, superamos barreiras no esporte, e não há dúvida de que tudo valeu a pena. É um grande orgulho vestir esta camisa. Eu sempre tive Marta, Cristiane e Formiga como heroínas, guerreiras que fizeram tanto pelo esporte, e agora é minha vez de jogar ao lado delas", afirmou.
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