Sócios do Fluminense vão hoje às urnas escolher novo presidente do clube
Os sócios do Fluminense elegem, hoje (8), um novo presidente. O pleito, que está sendo disputado por Mario Bittencourt e Ricardo Tenório, acontecerá na sede do Tricolor, no bairro das Laranjeiras, Zona Sul do Rio, até às 18h.
Mario Bittencourt encabeça a chapa "Tantas vezes campeão", que tem Celso Barros, ex-presidente da Unimed - antiga parceira do Flu -, como vice. Já Ricardo Tenório foi nome escolhido pelos integrantes da chapa "Libertadores" e tem Wagner Victer como vice.
O vencedor da escolha dos tricolores assumirá o comando no próximo dia 10. O UOL entrevistou os dois candidatos e publicou o bate-papo na última quinta e sexta-feira, com Bittencourt e Tenório, respectivamente.
A eleição, originalmente, aconteceria em novembro deste ano, mas em janeiro, após o presidente Pedro Abad convocou uma Assembleia e os sócios votaram a favor de uma antecipação do pleito. A ideia foi colocada à mesa no fim do ano passado pelo próprio mandatário, que atravessava uma crise à frente do clube, tendo sido alvo, inclusive, de pedido de impeachment.
"Quero devolver o poder de decidir quem vai ocupar essa cadeira (de presidente) a quem efetivamente detém a chance de escolher, que é a Assembleia Geral e os sócios. Vou formatar a possibilidade de novas eleições no menor prazo possível. Quero uma forma segura e de consenso para que possamos organizar novas eleições no início de 2019, o mais rápido possível. O Fluminense precisa de paz. Eu não tenho apego ao cargo. Mais importante do que eu é a paz na instituição, a calma", afirmou Abad.
A escolha também colocará fim a uma Era no Fluminense. Desde 2011, quando Peter Siemsen assumiu o clube, o Tricolor é comandando por um representante da "FluSócio" - foram dois mandatos de Peter e um de Abad. Desta vez, não há candidato ligado diretamente à "FluSócio" ou à situação.
Gestão Pedro Abad
Apoiado por Peter Siemsen e aliado ao grupo "Unido e Forte", Pedro Abad venceu a eleição que aconteceu em 2016, deixando para trás nomes como Mario Bittencourt e Celso Barros - hoje aliados.
Após o primeiro ano de mandato, a gestão de Abad começou a dar sinais de esfacelamento. Em abril, a "Unido e Forte" rompeu com a situação e, cerca de um mês depois, cinco vice-presidentes (dos 11 que o grupo tinha) renunciaram aos cargos.
Se internamente, Abad perdia força, externamente, o cenário também não era favorável. As críticas e protestos da torcida passaram a ser constantes, com pedidos, inclusive, pela saída do mandatário.
Alvo de um processo de impeachment, Abad, em dezembro, convocou uma reunião com as principais lideranças políticas do Fluminense para que uma antecipação da eleição fosse discutida. Em janeiro, o assunto foi à Assembleia e aprovado pelos sócios.
Sob a gestão Abad, o Fluminense não conseguiu títulos e o departamento de futebol conviveu com momentos conturbados. Uma das polêmicas aconteceu em dezembro de 2017, quando alguns jogadores - incluindo o goleiro Diego Cavalieri - foram demitidos por um aviso por WhatsApp.
Em maio de 2018, o então CEO Marcus Vinicius Freire deixou o cargo após nove meses no cargo, iniciando uma sequência de despedidas, que teve ainda o diretor de futebol Paulo Autuori, que ficou cinco meses no clube, e o técnico Abel Braga.
Salários atrasados se transformaram em uma rotina e houve até mesmo paralisação do elenco tricolor, em mais de uma oportunidade nesta temporada.
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