Formiga chega à 7ª Copa e celebra recorde: "Fico feliz em ainda ajudar"
Ao entrar em campo hoje (9), na vitória do Brasil sobre a Jamaica por 3 a 0, Formiga chegou à sua sétima Copa do Mundo e quebrou um recorde entre homens e mulheres. A meio-campista de 41 anos superou a japonesa Homare Sawa, capitã do título de seu país em 2011.
No futebol masculino, os recordistas são os mexicanos Rafa Márquez e António Carbajal, e o alemão Lothar Matthaus. Cada um disputou cinco Mundiais.
Em entrevista após a estreia com vitória, Formiga celebrou o recorde. "Fico feliz de estar em campo e ainda ajudando o futebol feminino. Estou tão feliz, principalmente com essa vitória. A gente vinha com desconfiança, não pelo nosso futebol, mas quando você vem de várias derrotas, abala a confiança do grupo, fora as perdas que a gente teve, de jogadoras super importantes", avaliou Formiga.
Aos 41 anos, Formiga é a jogadora mais velha do elenco da seleção brasileira, que é o segundo mais velho da competição, com média de 27,96 anos. Mesmo com o status de líder, a meio-campista se destaca por ser uma das atletas mais animadas do grupo.
"A alegria tem que contagiar a galera, principalmente as mais novas, que chegam meio retraídas. Achar que estão do lado de Marta, de Cristiane, que não vai ter direito a isso, a aquilo, não, tem que deixar à vontade. Ao mesmo tempo que a gente brinca, puxa a orelha também", disse Formiga.
Com bola rolando, a seleção brasileira levou a melhor na estreia da Copa do Mundo feminina de 2019 e venceu a Jamaica por 3 a 0, com três gols de Cristiane. Formiga atuou 90 minutos, mostrando vigor físico ao ajudar na marcação e ainda aparecer algumas vezes para ajudar o ataque.
Em seu último Mundial, Formiga analisou o atual cenário da seleção. Para a experiente jogadora, o país precisa passar por uma melhora nas categorias de base. "Precisa estar atento. Eu já vou sair, Cristiane vai sair, depois a Marta. Tem que acelerar o processo. Tem meninas? Tem, mas onde trabalhar que é difícil. Tem que estar buscando. Infelizmente as meninas não têm onde mostrar o futebol", avaliou, antes de completar: "A tendência (da Copa) é melhorar, chegar no nível do masculino, é o que a gente deseja".
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