Que desafios aguardam Mario Bittencourt na presidência do Fluminense?
Eleito presidente do Fluminense para um período de três anos e meio, o advogado Mario Bittencourt encontrará um clube fragilizado financeiramente, dividido na esfera política e que vive período de seca dentro de campo. Com uma dívida líquida que atinge a casa dos R$ 600 milhões, ele assume com o desafio imediato de acertar os salários de jogadores e demais funcionários. O elenco já soma cinco meses de direitos de imagem e outros dois salários CLT em atraso.
Os jogadores já fizeram duas breves paralisações por conta disso, mas a situação foi contornada internamente, especialmente com as intervenções do diretor Paulo Angioni e do técnico Fernando Diniz. As dívidas trabalhistas e fiscais estrangulam as finanças do Flu, que é assombrado diariamente pelas penhoras. Bitrencourt defende uma hierarquização da dívida, mas a geração de receitas mostra-se difícil.
Com um programa de sócio-torcedor que não decolou e o torcedor distante da arquibancada do Maracanã, o Flu pouco arrecada. Somado a isso, o clube sofre sem um patrocínio master que poderia minimizar o drama econômico. Endividado, o poder de fogo no mercado diminui. Sem capacidade para competir com os rivais mais ricos, o Fluminense tem de vender seus jovens para sobreviver. João Pedro já tem pré-contrato com o Watford (ING), e Pedro não deve durar muito tempo nas Laranjeiras. Sem títulos desde 2012, o Tricolor não foi protagonista em campo durante a gestão Pedro Abad.
Fora de campo, o Fluminense busca uma paz que foi coisa rara com Abad no poder. Com o clube dividido por diversas correntes políticas, Bittencourt tem o desafio de promover um pacto que dê ao clube o mínimo de tranquilidade para seguir. Para conseguir colocar o trem no trilho, a torcida terá de ter paciência. A missão do novo presidente é das mais complicadas.
Celso Barros volta ao Fluminense
Um dos atrativos da vitoriosa chapa "Tantas Vezes Campeão" é Celso Barros, ex-presidente da Unimed no último período vitorioso de conquistas tricolores e que volta ao clube como vice-presidente geral de Bittencourt. Barros é muito respeitado e querido no meio de futebol, e o novo presidente pretende utilizar esse prestígio para reforçar o elenco e tentar repatriar nomes identificados com o Fluminense, como Fred - hoje no Cruzeiro - e Thiago Silva - do PSG (FRA).
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