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Brasil aposta em pressionar na saída de bola e evolui com Coutinho de "10"

Philippe Coutinho ajeita a bola para cobrar o pênalti do terceiro gol da seleção brasileira contra Honduras - Guilherme Hahn/AGIF
Philippe Coutinho ajeita a bola para cobrar o pênalti do terceiro gol da seleção brasileira contra Honduras Imagem: Guilherme Hahn/AGIF

Danilo Lavieri, Marcel Rizzo, Marinho Saldanha e Pedro Lopes

Do UOL, em Porto Alegre

10/06/2019 12h00

Os dois amistosos da seleção brasileira na preparação para a Copa América mostraram um time com uma marcação pressão na saída de bola de Qatar e Honduras. A estratégia foi desenhada pela comissão técnica e serve para que o Brasil sufoque os rivais que saem do tiro de meta com passe curto e não com um "bicão" do goleiro.

Com a ideia, Richarlison e David Neres marcam quase na linha da grande área, assim como Gabriel Jesus. Dependendo da formação de saída do adversário, até mesmo Philippe Coutinho compõe a linha de frente para aumentar a pressão.

"Em termos físicos, se você marcar onde você perde a posse, você corre menos. A única exigência com esse modelo é que aumenta a concentração. Se negligenciar em algum momento, o time vai correr para trás", afirmou Tite.

"Tem outro detalhe: não adianta se a equipe adversária não quiser sair jogando, não adianta marcar alto também. É que a gente sabia que a proposta de Honduras era fazer essa iniciação de bola, mas se o time gosta de chutar para buscar a primeira ou segunda bola ali no meio-campo, seria bem mais truncado", completou o comandante.

Além da marcação na saída de bola, o time mostrou uma formação com Casemiro e Arthur mais próximos, melhorando um pouco a saída de bola até chegar diretamente nos pontas ou passando por Phillipe Coutinho.

O meio-campista do Barcelona, aliás, passou a atuar mais centralizado e não mais em uma linha de quatro atletas como a equipe atuava no 4-1-4-1. Ele foi um dos melhores em campo no amistoso contra Honduras depois de ter feito péssimos amistosos com a camisa verde e amarela.

"O Couto traz um posicionamento central, com liberdade para criar. O primeiro meio-campista (Casemiro) é mais posicional. O segundo (Arthur) fica mais próximo deste primeiro e deixa ele (Coutinho) do lado esquerdo bem mais solto", afirmou Tite.

O Brasil estreia na Copa América na próxima sexta-feira, no Morumbi, diante da Bolívia. Depois, os adversários serão a Venezuela, em Salvador, e Peru, na Arena Corinthians.