Novo presidente do Flu contratou R10 e foi chave no rebaixamento da Lusa
Uma bagagem que foi se enchendo aos poucos. Aos 40 anos, o advogado Mario Bittencourt chega à presidência do Fluminense já com certa notoriedade no futebol. Fruto, principalmente, por estar à frente do caso Portuguesa, em 2013, e por ter contratado o astro Ronaldinho Gaúcho para o Tricolor, em 2015.
No polêmico rebaixamento da Lusa, Bittencourt advogou em favor do Flu, que, até então, era o clube que havia caído para a Série B do Campeonato Brasileiro. Após ser comprovada a irregularidade na escalação do meia Héverton, o Tricolor se manteve na Série A - o caso deu início à derrocada do time paulista, que hoje disputa apenas o futebol estadual, após rebaixamentos seguidos nos torneios nacionais.
Este, porém, não foi o único caso de Mário defendendo o clube das Laranjeiras. Ao longo de sua carreira, Bittencourt construiu respeito e prestígio no meio jurídico desportivo, com um histórico positivo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), fato que fez com que fosse, inclusive, contratado por outras equipes, em algumas ocasiões, para defesa em julgamentos específicos.
Na episódio da contratação de Ronaldinho Gaúcho, teve papel fundamental. Então vice-presidente de futebol do clube, ele entrou no negócio quando o jogador tinha acordo encaminhado com o rival Vasco. Presidente cruzmaltino na época, Eurico Miranda chegou a declarar que o meia estava "90%" fechado com o clube de São Januário.
Bittencourt, então, articulou com os envolvidos, usando o que aprendeu na carreira jurídica, convenceu Ronaldinho a mudar a trajetória e seguir para as Laranjeiras. Entusiasmado, o advogado acredita que o Fluminense poderá voltar aos bons tempos:
"Essa nova realidade vai depender de nós. Entramos hoje com o clube em dificuldade. O Fluminense está mais vivo do que nunca. É um clube de futebol que tem mais de 5 milhões de torcedores e que apenas através de uma candidatura já foi procurado por tanta gente que tem interesse em investir. Isso mostra que temos toda a capacidade de recuperação. Vai depender de nós para que façamos o Fluminense novamente grandioso e atrativo. A nossa marca é muito atrativa. Nós somos a história do futebol brasileiro, como tem escrito em vários lugares aqui do clube. É inadmissível que quem esteja sentado nessas cadeiras aqui não entenda esse tamanho imenso que o Fluminense tem".
De estagiário à presidente
A trajetória de Mario Bittencourt no Fluminense é bonita e curiosa. O advogado ingressou no clube como estagiário do departamento jurídico. Ao conceder entrevista coletiva após a vitória na eleição nas Laranjeiras, Bittencourt confirmou o sonho antigo de se tornar presidente e relembrou toda a caminhada até chegar à cadeira principal do clube:
"Era um desejo, sim. Ele foi construído ao longo de muitos anos. Entrei aqui em 1998 como estagiário do jurídico, era setembro daquele ano. Estava completando 20 anos e, ao longo desse tempo, advoguei aqui para todos os esportes e para todas as categorias, talvez as pessoas não saibam disso. Foi na área trabalhista e cível. Eu construí esse caminho que foi me dando a experiência, apesar de ter hoje 40 anos de idade. Eu tenho 20 anos de dia a dia conhecendo os problemas do Fluminense".
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