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Doping no Athletico: Camacho também foi pego em jogo do Brasileirão

Jogador caiu no exame antidoping pelo uso de Higenamina após jogo do Athletico contra o Vasco - Gabriel Machado/AGIF
Jogador caiu no exame antidoping pelo uso de Higenamina após jogo do Athletico contra o Vasco Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

12/06/2019 16h28

O meia Camacho, suspenso preventivamente por doping após exames realizados pela Conmebol em abril deste ano, durante a disputa da fase de grupos da Copa Libertadores, também caiu no exame antidoping pelo uso de Higenamina em um exame realizado após o jogo do Athletico Paranaense contra o Vasco, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o último jogo disputado por Camacho, que está emprestado pelo Corinthians ao Athletico.

O jogador aguardava ainda o resultado da contraprova dos exames, que saiu há pouco mais de 10 dias, e já está suspenso preventivamente. Como nem Camacho e nem o Athletico haviam sido notificados após o exame da Conmebol, o resultado do antidoping no Brasileirão compreende a mesma janela de contaminação e não será motivo de punição acumulativa. Na vitória por 4 a 1 sobre o Vasco, Camacho saiu substituído ainda no primeiro tempo.

Já Thiago Heleno, que também foi apanhado pela mesma razão pela Conmebol e esteve em campo contra o time carioca, não foi apanhado no Brasileirão. Pouco depois da estreia, o clube e os jogadores foram notificados do primeiro exame e já passaram a desfalcar o Furacão, suspensos preventivamente por 60 dias.

Antes da final da Recopa Sul-Americana contra o River Plate, todos os jogadores das duas equipes passaram por uma varredura antidoping, e ninguém mais foi apanhado. A Higenamina é eliminada pelo corpo entre cinco a sete dias após o consumo. É considerada perigosa para os atletas pois acelera o ritmo dos batimentos cardíacos.

Clube quer julgamento realizado no Brasil

Ainda não há data do julgamento dos atletas, mas o Athletico pretende solicitar que a Conmebol realize o julgamento no Brasil, com a organização da comissão antidopagem da CBF. A razão é a de facilitar a defesa dos jogadores em língua portuguesa.

O testemunho dos atletas, de que não consumiram a substância com intenção de melhorar o desempenho em campo, é considerado fundamental para comprovar a inocência dos jogadores, empregados que acataram uma orientação do departamento de nutrição do Athletico.

O clube assumiu a responsabilidade pelo consumo da substância por parte dos atletas e abriu sindicância interna para apurar os responsáveis. O nome do profissional que indicou a substância aos jogadores é mantido sob sigilo. Ele segue vinculado ao clube, que estuda uma saída judicial para seu desligamento, mantendo-o afastado das funções desde a divulgação do caso.

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