Hope Solo celebra 13 a 0 dos EUA, mas vê exagero em comemorações de gols
Hope Solo, ex-goleira da seleção dos Estados Unidos, afirmou hoje ter considerado desrespeitosas as comemorações de gols da equipe na vitória por 13 a 0 sobre a Tailândia, em jogo ontem pela primeira rodada do Grupo F da Copa do Mundo feminina. O placar foi o maior da história dos Mundiais de seleções organizados pela Fifa.
Em coluna publicada no jornal britânico The Guardian, Solo afirmou que não esperava que os EUA aliviassem diante da frágil seleção tailandesa. No entanto, lamentou as celebrações - que, para ela, pareciam previamente combinadas.
"Os EUA deveriam ter tirado o pé contra a Tailândia? Absolutamente não. Quando você respeita seu rival, você não relaxa e deixa de tentar marcar gols. Isto é a Copa do Mundo, e tudo que você pode fazer é jogar com o coração, com paixão, com intensidade. Fazer isso é mostrar respeito ao oponente", analisou a ex-jogadora, de 37 anos.
"Foi duro para mim ver algumas das comemorações de gol dos EUA (...) diante do placar. Você quer que o jogo seja celebrado e quer que as jogadoras se divirtam, mas ao mesmo tempo, achei que algumas das comemorações foram um pouco exageradas. Algumas pareceram planejadas - e eu sei que algumas jogadoras passam muito tempo pensando em comemorações para os torcedores. Nem sempre isso é necessário", acrescentou.
Em seu texto, a ex-camisa 1 disse ser fã de comemorações com "emoção espontânea". "Quando isso acontece", argumentou, "você vê de verdade quanta paixão há no esporte e quanto orgulho as jogadoras sentem".
Apesar das críticas, o texto de Solo elogia a atitude de Carli Lloyd após o jogo, quando a camisa 10 foi até a goleira da Tailândia, Sukanya Chor Charoenying, para oferecer apoio à adversária.
"Como goleira, eu não sei como lidar com tantos gols. Eu já levei cinco em um jogo e aquilo foi muito pesado para mim. Nunca quis me sentir daquele jeito de novo e precisei de muito tempo para superar. Nunca me esqueci", disse a norte-americana, que também ofereceu conselhos a Charoenying.
"O sofrimento nos ajuda a crescer na vida, e no futebol também. Você precisa sentir a dor e descobrir uma maneira de superá-la. Infelizmente, você tem que olhar para si. A goleira está por conta própria. Odeio dizer isso, mas não importa o que alguém te diga e não importa o que alguém faça para te confortar. Goleiras precisam lidar consigo. Leva tempo. É difícil e doloroso, e nós temos que encarar isso", afirmou.
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