Topo

"Palavra da vítima conta muito", dizem promotoras que cuidam de caso Neymar

Najila Trindade em entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record - Reprodução/TV Record
Najila Trindade em entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record Imagem: Reprodução/TV Record

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

12/06/2019 14h17

As promotoras que estão acompanhando o caso de acusação de estupro de Najila Trindade contra Neymar explicaram em entrevista coletiva hoje (12), na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, que, apesar de as provas serem importantes em uma investigação, "a palavra da vítima conta muito" em crimes que envolvem mulheres.

A explicação foi dada pelas promotoras Estefânia Ferrazzini Paulin e Flávia Cristina Merlini ao serem questionadas por jornalistas sobre a importância do suposto vídeo de sete minutos que conteria imagens do segundo encontro entre Najila e Neymar, em 16 de maio, em hotel de Paris. Até agora, apenas um minuto das imagens foram exibidas e mostram a modelo batendo no jogador.

"Temos que analisar conjuntamente. Não conseguimos responder isso ainda (sobre o vídeo). Isso será analisado em conjunto com as demais provas colhidas até agora e com as que virão a partir do momento do investigado. Em crimes que envolvem mulheres, violência doméstica, a palavra da vítima conta muito. Desde que outros elementos apoiem a palavra da vítima. É isso que estamos colhendo e investigando", explicaram.

"Sabemos que é uma investigação que trata se suposto crime sexual, que corresponde ao boletim de ocorrência lavrado pela suposta vítima e que o delito sexual em 80% dos casos ocorre em quatro paredes. Por conta disso A doutora Juliana (Juliana Lopes Bussacos, delegada da DDM) achou melhor fechar em testemunhas circunstanciais. Por esse motivo o ex-companheiro foi ouvido para chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu", falaram.

As promotoras também falaram sobre a entrada da Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica no caso. "Pela lei considera-se violência doméstica quando há uma relação de afeto. Quando há essas circunstâncias, somos acionadas para atuar no caso".