CBF vê gol legal do Inter, e presidente do Bahia sugere 'aula de geometria'
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através da Comissão de Arbitragem, concordou com a validação do polêmico gol marcado por Rodrigo Lindoso na vitória por 3 a 1 do Internacional sobre o Bahia, na noite de ontem, no Beira-Rio, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Ao UOL Esporte, o presidente da Comissão, Leonardo Gaciba, enviou imagens que, na visão da entidade, comprovam o gol legal do Inter. "Estão aí as imagens. Legal, comprovado", opinou.
Antes do contato da reportagem com o ex-árbitro, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, tomou conhecimento das imagens e classificou como inacreditável a resposta da CBF. No lance, o assistente inicialmente levanta a bandeira e o juiz anula o lance. Porém, o gol acaba validado depois de mais de três minutos de espera para a jogada ser revista pelo VAR.
No Twitter, o presidente do Bahia - que mais cedo havia solicitado as imagens usadas pelo VAR - expôs as fotos enviadas por Gaciba à reportagem e sugeriu uma 'aula básica de geometria (e de ética)' à entidade.
"Resposta da CBF sobre o VAR é inacreditável. 1) Envia imagem a jornalistas e não ao clube que financia a tecnologia. 2) Mede a mão de Lucas como se fosse o pé de Jackson. 3) Usa linhas paralelas em vez de usar ponto de fuga. Aula básica de geometria (e de ética) faria bem", postou o presidente, que ainda lamentou a atitude da CBF em 'não reconhecer o erro'.
Em uma longa entrevista após o jogo e em postagens nas redes sociais, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, defendeu que a tecnologia irá mais atrapalhar do que ajudar se as pessoas não estiverem preparadas para usá-la. Ele ainda descartou pedir a anulação do jogo.
"Não acho que é caso de anulação. Eu estudei bastante as regras do VAR, votei favoráveis a elas. No meu entendimento, não se encaixa, neste caso, um pedido de anulação. O que o Bahia provoca, neste caso, é, primeiro, que o sistema seja aprimorado basicamente com o aprimoramento das pessoas que lidam com ele. E a segunda coisa é, se houve erro... E repito. Se houve o erro, eu quero ser cauteloso, apesar de as imagens, pelos ângulos que a gente tem, serem muito claras. Se houve erro, que essas pessoas sejam punidas. Por quê? Porque a gente sofre nossas punições. Nosso treinador recebe um cartão amarelo. Nosso jogador recebe um cartão vermelho quando erra. A gente toma gol quando erra. As pessoas, quando erram, precisam ser punidas. Se identificado, vai punir", disse em coletiva.
"O Bahia afirma, novamente, que não vai protestar apenas por um resultado de um jogo. O que a gente protesta é para que o sistema do futebol brasileiro seja competente o suficiente para se estruturar e para conseguir avançar de forma plena, de forma que não prejudique o Bahia, não beneficie o Bahia e não prejudique ou beneficie qualquer outro clube do futebol brasileiro. Então eu tenho esperança. Eu sei da responsabilidade que a gente tem como dirigente e que a CBF tem como entidade que organiza isso tudo. Mas, se as pessoas que organizam não entenderem que é preciso parar para ajustar, a gente vai colocar a perder uma coisa que é muito importante, que é uma tecnologia que, no meu entendimento, veio para somar, para resolver", acrescentou.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o presidente do Bahia já havia pedido esclarecimentos à CBF pelo fato de o árbitro Thiago Duarte Peixoto não ter acionado o VAR em um suposto pênalti em cima de Artur no empate sem gols com o Ceará.
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