Como foi a tarde de Neymar após 5h na delegacia, van blindada e seguranças
Terceiro atleta mais bem remunerado do mundo, com rendimentos de R$ 404 milhões neste ano conforme a Revista Forbes, Neymar compareceu ontem à 6ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) defendendo algo que dinheiro não compra: a honra. O atacante chegou ao local com 45 minutos de antecedência e demonstrando tranquilidade. Não transparecia receio em enfrentar questionamentos sobre a acusação de estupro, um dos crimes mais reprovados socialmente, feita pela modelo Najila Trindade há cerca de duas semanas.
A reportagem apurou que esta calma continuou durante o tempo que Neymar passou na delegacia. Ele foi educado com as promotoras, as delegadas e a escrivã que estavam na sala onde prestou depoimento. A mesma cordialidade foi dirigida aos policiais que cruzaram com o jogador na chegada e na saída do prédio da DDM.
Esta tranquilidade transmitida não significa que o jogador não estava preocupado com o que enfrentou nesta quinta-feira. Neymar chegou na van preta blindada em que costuma circular quando está em São Paulo. Também escalou um trio de seguranças composto pelos três profissionais em quem mais confia.
Contar com os três é revelador porque o atacante só anda acompanhado destes homens em eventos com multidão, como quando vai à Sapucaí no Carnaval do Rio de Janeiro. Os seguranças caminharam junto aos advogados do jogador no trajeto entre o carro e a entrada da delegacia.
Neymar nega estupro e diz que usou camisinha
Neymar ficou apenas na companhia dos advogados quando entrou na sala para depor. O atacante negou o estupro e afirmou que usou preservativo durante a relação sexual, informou o Jornal da Globo. Na mesma matéria, a emissora acrescentou que ele admitiu ter dado tapas em Najila e tirado uma foto dela nua, mas que tudo foi autorizado. Também foi veiculado que em momento algum a modelo pediu para parar o ato sexual. Todas informações contrárias ao que Najila afirmou em seus depoimentos à polícia.
O jogador respondeu todas as perguntas no primeiro andar do prédio da delegacia por causa da lesão no tornozelo direito que o tirou da Copa América, que começa hoje com Brasil x Bolívia, no Morumbi. A lesão o obriga a usar muletas e dificulta a subida de escadas. Estavam no recinto três promotoras de Enfrentamento à Violência Doméstica, duas delegadas e uma escrivã. Um trio de advogados acompanhou o jogador.
Desde a semana passada, pelo menos um deles compareceu à delegacia diariamente para acompanhar o caso e preparar a defesa de Neymar. No dia em que Najila Trindade foi ouvida, a advogada Maíra Fernandes deixou a delegacia tarde da noite porque estava examinando as declarações da modelo.
O andar onde o atacante foi ouvido estava com janelas e a porta de vidro fechadas com papel pardo. Pela manhã, uma advogada do jogador chegou com o material. O terceiro andar, onde fica a sala da delegada, e parte do segundo andar também foram envelopadas.
Atendimento às mulheres ocorreu em outra delegacia
Foi determinado que somente agentes ligados à investigação de estupro pudessem ficar no prédio da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher. Os policiais civis que fazem o atendimento rotineiro às vítimas de violência doméstica trabalharam na 11ª Delegacia, que fica no mesmo terreno da DDM.
Depois do depoimento, as três promotoras que atuam no caso falaram com a imprensa. Elas reafirmaram que podem pedir novas providências à Polícia Civil. "Como o inquérito é sigiloso, não podemos divulgar quais serão as outras diligências. Ele respondeu todas as perguntas de maneira satisfatórias. Ele negou o crime", disse a promotora Flávia Merlini.
Neymar também falou. Em breve pronunciamento, declarou que a "verdade aparece cedo ou tarde". Ele agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e acrescentou que deseja que a investigação termine o mais rápido possível. Quando deixou a delegacia, pessoas que se aglomeravam na rua gritaram o nome do jogador. Um grupo de jovens chegou a correr atrás da van que levou Neymar.
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