Najila estava dopada ao acusar polícia e se explicará em vídeo, diz defesa
O novo advogado da modelo Najila Trindade, Cosme Araújo, pediu que sua cliente gravasse um vídeo para explicar o que ocorreu na entrevista que deu ao SBT nessa semana. Uma frase sua ("A polícia está comprada, né? Ou eu estou louca?") foi interpretada como uma acusação de que a polícia estaria agindo contra ela. O objetivo é fazer as pazes com a corporação.
Cosme orientou Najila a encaminhar a ele o arquivo para que o material seja distribuído. A ideia é que ela dê sua versão sobre o fato, mostrando que em nenhum momento teve a intenção de ofender a polícia e que estava sob forte efeito de medicamentação quando concedeu a entrevista. Na reportagem, o jornalista Roberto Cabrini pergunta, por telefone, sobre a investigação de um suposto arrombamento no apartamento na zona sul de São Paulo.
"A declaração gerou uma polêmica, mas ela não teve a intenção de ofender ninguém. Ela não afirma, ela faz uma pergunta. E na entrevista que ela deu para o Cabrini ela estava dopada. Dá para ver que ela estava fora de si. Mas se alguém se sentiu ofendido, ela pede desculpas. E ressalta que foi muito bem tratada pela polícia em todos os momentos e tem uma relação muito boa", disse Cosme ao UOL Esporte.
Najila deu a declaração que gerou toda a confusão ao falar sobre o sumiço de um tablet, onde estaria o vídeo de sete minutos em que teria registrado o segundo encontro com Neymar - considerado prova importante no caso. Ela alega que o aparelho foi roubado em uma invasão em seu apartamento.
A polícia abriu investigação e ainda aguarda o resultado da perícia. As autoridades foram ao apartamento para colher impressões digitais e só encontraram as marcas de Najila e de uma funcionária que trabalha na residência. Ao ser questionada sobre o fato por Cabrini, ela disse: "É, mas a polícia está comprada né? Ou não? Ou eu estou louca?".
A declaração gerou uma grande reação da corporação. O delegado titular da Equipe de Intervenção Estratégica da 6ª Delegacia Seccional de Polícia de Santo Amaro, José Fernando Bessa Júnior, registrou um boletim de difamação contra Najila em nome dos policiais civis. Ela pode ser chamada a depor.
A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo publicaram uma nota repudiando a acusação. As entidades informaram que se solidarizam com vítimas de crimes de gênero, mas acrescentam que não toleram acusações sem fundamento.
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