Caso Neymar: polícia planeja terminar investigação até quarta-feira
A Polícia Civil espera encerrar a investigação que apura o suposto estupro cometido Neymar até a quarta-feira (19). As maiores pendências são dois depoimentos, que devem ocorrer até amanhã (18). Todo o material colhido em três semanas de inquérito servirá para preparar o relatório em que a delegada Juliana Bussacos vai dizer se houve ou não crime. Não há pistas sobre o que ela vai decidir.
Um dos depoimentos que ainda precisam ser tomados é do CEO das empresas do pai de Neymar, o economista Altamiro Bezerra. A outra pessoa a ser ouvida é um amigo de Neymar com quem o atacante comentou que houve problema durante uma relação sexual.
O adido francês no Brasil ofereceu ajuda para investigar as circunstâncias do encontro entre Neymar e Najila em Paris. A oferta foi descartada porque demandaria envolvimento até do Itamaraty e tomaria muito tempo. O benefício para investigação seria comprovar que ambos estiveram na cidade, algo que os dois já declararam.
A expectativa da 6ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) é que todos os agentes possam ir para o feriado de Corpus Christi livres da investigação. Na sexta-feira, a fisionomia dos policiais civis revelava o esforço.
O relatório da delegada será encaminhado para o Ministério Público. As três promotoras de Enfrentamento à Violência Doméstica que acompanham o caso analisarão as conclusões da Polícia Civil. Elas podem pedir abertura de ação penal, arquivamento, ou mais investigações. Mas a tendência desta última possibilidade ocorrer é menos provável.
Desde terça-feira, o trio atua no inquérito policial, aumentando a troca de informações entre promotoras e polícia. A lei determina que somente a delegada Juliana Bussacos pode determinar o andamento do inquérito, mas a política de boa vizinha e a busca por esclarecimentos tornou este ponto maleável para aceitar sugestões das representantes do Ministério Público.
As promotoras já leram os depoimentos prestados e estão assistindo às declarações de Najila Trindade, modelo que acusa Neymar de estupro. Ela falou durante toda a tarde do dia 7 de junho, antes de as promotoras entrarem no caso, e o depoimento foi gravado.
"Vamos tomar nosso posicionamento depois de tudo. Fomos designadas no dia 8, sábado [entraram no caso na terça]. O depoimento dela foi na sexta [7]. Estamos aguardando a colheita de toda as provas para formar nossa convicção. Ainda estamos vendo todas as provas", disse a promotora Estefânia Paulin na semana passada.
Polícia só investigou estupro
Durante o inquérito, surgiram outros boletins de ocorrência, como o arrombamento do apartamento de Najila, as reclamações do porteiro do prédio de ameaças da modelo e ela sendo acusada de difamação por parte da Polícia Civil por causa da declaração de que a corporação estaria comprada. Também houve acusação de extorsão por parte de Neymar pai contra o advogado José Edgard Bueno Filho, primeiro representante de Najila.
Todos estes casos não serão avaliados pela 6ª DDM. Por tratar-se de uma delegacia especializada, está prevista a apuração de determinados crimes como violência doméstica, agressão e ameaças a mulheres e estupro. O material colhido na investigação pode ser encaminhado para estes outros casos.
O inquérito policial da 6ª DDM foi aberto em 31 de maio, uma sexta-feira, quando Najila Trindade chegou à delegacia acusando Neymar de estupra-la. O caso ganhou a imprensa no dia seguinte e o atacante respondeu com um vídeo no Instagram.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.