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Najila entrega novo celular à polícia; perícia deve sair em oito dias

Modelo Najila Trindade entregou um celular à Polícia Civil para perícia - Reprodução/SBT
Modelo Najila Trindade entregou um celular à Polícia Civil para perícia Imagem: Reprodução/SBT

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

19/06/2019 21h51

Najila Trindade entregou um celular à Polícia Civil ao comparecer na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher na última terça-feira. A modelo que acusa Neymar de estupro deixou o aparelho, que não é o mesmo que continha o vídeo com registro do encontro com o jogador, de forma espontânea para perícia. De acordo com o advogado dela, Cosme Araújo, o resultado deve demorar até oito dias.

Ele alega que Najila não tem mais o celular antigo e trocou de telefone. A modelo conseguiu manter o mesmo número e a polícia deve tentar recuperar os dados e arquivos perdidos, segundo Cosme Araújo.

O representante da modelo afirma ainda que ela não tem acesso ao celular desde o dia 7 de junho, quando prestou depoimento na delegacia de defesa da mulher, e que teria deixado o aparelho no carro do ex-advogado ou na casa onde ficou hospedada. Danilo Garcia de Andrade, no entanto, afirmou que o celular nunca esteve em sua mão.

O celular teria um vídeo de 7 minutos do segundo encontro entre Najila e Neymar. Apenas um minuto das imagens foram divulgadas e Najila aparece batendo no jogador. O aparelho também teria as trocas de mensagens entre a modelo e o jogador e entre Najila e uma amiga.

O atual advogado Cosme Araújo, no entanto, ressalta que o vídeo não é relevante para a investigação. Em sua visão, o arquivo "não tem muita coisa além do que já foi mostrado.

Advogado pede acareação

No fim da tarde desta quarta-feira, Cosme Araújo formalizou um pedido de acareação entre sua cliente e Neymar à delegada Juliana Lopes Bussacos, que coordena a investigação. Ele disse que a autoridade policial recebeu o pedido, mas não sinalizou se irá acatá-lo. Cosme Araújo afirma que o confronto poderia ser feito por meio de videoconferência.

O procedimento é previsto no código penal, mas não é comum em casos de crimes sexuais justamente para não causar constrangimentos à suposta vítima e não colocá-la frente a frente com seu agressor. No entanto, o advogado acredita que pode ser útil para esclarecer melhor os fatos. "Olho no olho é mais fácil saber quem está mentindo", disse ao UOL Esporte.