"Pior da Copa", tailandesa vê "choque de realidade" e abalo psicológico
A imagem de Sukanya debulhada em lágrimas após sofrer 13 gols dos Estados Unidos rodou o mundo. Naquele jogo, a Tailândia foi consolada por estrelas norte-americanas como Alex Morgan, que marcou cinco vezes, e a veterana Carli Lloyd. Por isso, apesar de dizer que não esperava um placar tão elástico, ela deixa claro que não sente que sua equipe foi desrespeitada.
"Elas nos disseram que nós fizemos um bom trabalho no jogo e pediram para mantermos a cabeça erguida. Certamente vamos tentar o nosso melhor na última partida", disse ela ao UOL Esporte, referindo-se ao jogo de hoje (20), às 16h (de Brasília), contra o Chile. Desrespeito?
"Elas só fizeram o melhor que podiam fazer para vencer. Eu só não esperava que pudessem fazer tantos gols", lamentou.
Não é difícil entender por que o choro de Sukanya e de outras jogadoras se estendeu para o vestiário: a seleção tailandesa reconhecia suas limitações, mas sonhava em jogar o mata-mata da Copa do Mundo feminina. A derrota histórica na estreia foi um baque grande. "Algumas atletas choraram no vestiário. Ficamos para baixo, mas fizemos o nosso melhor", admitiu.
No fim, o próprio calendário da competição limitou o tamanho deste sonho. "O nosso objetivo era chegar à segunda fase, mas enfrentar os Estados Unidos logo de cara, no primeiro jogo, afetou o nosso time física e mentalmente", explicou a goleira, que não foi titular na derrota por 5 a 1 para a Suécia - o treinador e assessoria de imprensa da seleção não explicaram a decisão.
Chile e Tailândia ainda têm chances remotas na briga por uma vaga nas oitavas de final entre as melhores terceiras colocadas, mas é extremamente improvável que a seleção asiática consiga uma reviravolta em relação aos 17 gols negativos em seu saldo. Seria preciso vencer as chilenas por 15 gols de diferença. Por isso, a própria Sukanya já fala em tom de resignação.
"Estamos orgulhosas simplesmente por fazer parte da Copa do Mundo feminina, representar nosso continente, nosso país, nosso povo. Os meus sentimentos mudaram muito. Antes eu achava que nós estávamos prontas, mas estávamos aqui para ganhar experiência. Bom, tivemos oportunidade de jogar contra times fortes e mostrar nossa equipe ao mundo pela primeira vez", afirmou a goleira.
A tailandesa é fã do alemão Manuel Neuer, da brasileira Bárbara e das norte-americanas Alex Morgan e Tobin Heath. "Neuer é meu goleiro ideal. Heath e Morgan são maravilhosas em campo, e a Bárbara é muito legal. Ajudou muito a seleção brasileira e conta com um time poderoso", avaliou Sukanya.
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