Tite nega espionagem em treino do Peru: "pego meu boné e vou embora"

Depois de ser acusado de espionagem pelo jornal peruano Líbero, Tite veio a público para desmentir a história. O treinador da seleção brasileira afirmou que já fez isso no início da carreira, mas reforçou que, no atual momento, é contra este tipo de prática.

Antes de responder ao questionamento, inclusive, o técnico procurou a localização da imprensa peruana para se direcionar a eles na hora da resposta. Na versão do jornal, o técnico teria enviado um representante e até um drone para assistir ao treino da seleção peruana no Pacaembu, na preparação para o jogo da 3ª rodada da fase de grupos da Copa América.

"Tem a minha palavra de honra que não teve espionagem. Se eu tiver que pagar esse preço para vencer, eu pego meu boné e vou embora. Se eu tiver que pagar o preço de dar uma porrada para vencer, eu saio", afirmou.

"Já fiz isso quando o treino era aberto, mas isso é uma outra circunstância. Fiz isso com o Cléber (Xavier, auxiliar). Mas em uma situação fechada... Aí eu não faço", disse ele, para logo depois se corrigir. "Humanamente, tenho que admitir que já fiz isso sim, lá no início da carreira. Mas eu parei. A gente se aprende e reinventa. Mas, desta vez, vocês têm a minha palavra", completou.

Tite e Cléber Xavier seguiram o script das últimas entrevistas, quando elogiaram a Bolívia e a Venezuela, e exaltaram a força do Peru. O comandante, inclusive, falou mais especificamente de sua relação com Guerrero, autor do gol do título do Mundial em 2012.

"A respeito do Guerrero, a gente acaba tendo um laço de amizade e respeito muito grande, não tem como. Todos esses atletas... Eu não gostaria de enfrenta-los", finalizou.