"Viemos competir, não tirar fotos", diz técnico do Qatar sobre a Argentina

O confronto com a Argentina de Messi pode ser o ápice para muitos jogadores do Qatar. Mas na opinião do técnico Félix Sánchez, o jogo não tem nada de festivo e nem há espaço para atitudes de fã. Valendo vaga nas quartas de final da Copa América, o duelo de domingo (23), na Arena do Grêmio, mostrará o nível de competição do atual campeão asiático.

"Sabemos que somos um time que, talvez, na América poucos conheçam. Mas o futebol do Qatar e esses jogadores são muitos profissionais. Mostraram isso onde competem, nos clubes, na seleção. Estamos aqui jogando contra jogadores do primeiro nível, mas viemos competir, não para tirar fotos. Mesmo que admiremos muito os jogadores, vamos os enfrentar. Evidente que jogar contra Argentina, Colômbia, Paraguai, em um campeonato assim, vai nos dar oportunidade de crescer, dar experiência ao time. Isso que nos faz falta. Mas o futebol vem crescendo muito. Vamos ser realistas, mostramos isso jogando contra grandes jogadores. Mas sabemos que vai ser uma partida imensamente complicada", afirmou.

O Qatar buscou empate em 2 a 2 com o Paraguai. E vendeu caro derrota para Colômbia por 1 a 0. Por isso, chega para a partida na frente da Argentina graças ao saldo de gols.

"Nosso principal objetivo é crescer numa competição importante e que exige bastante do time. Jogamos dois jogos e o time mostrou que tem capacidade de competir. Evidentemente falta um jogo e nosso objetivo é vencer para mostrar até onde poderemos ir na competição. Pontuamos no primeiro jogo, estivemos perto no segundo. Há muitos fatores que pesam no jogo, será o decisivo, todos têm necessidades. Vamos ver como nós vamos lidar com a pressão, como o rival vai, como a arbitragem vai lidar com isso. Há muitos fatores que influenciam na partida. Vamos tentar competir e deixar uma boa imagem no torneio", opinou o técnico.

Félix foi treinador das categorias de base do Barcelona, mas evitou detalhar a relação com Messi.

"Estamos aqui participando de uma Copa América e preparando um jogo muito importante. O Messi é o melhor do mundo, mas aqui não é o melhor lugar para falar dele. Desde que entrei no Barcelona, eu nunca o treinei. Desde que ele chegou lá, mostrou que é e segue sendo o melhor do mundo", disse.

E o comandante finalizou admitindo favoritismo rival, mas crente que isso possa estar presente entre os fatores do jogo. A Argentina será eliminada com qualquer empate ou derrota.

"O nível de jogo da Argentina, não posso avaliar. Eles chegam com um ponto e a necessidade deles é maior. Precisam da vitória para passar. Então, o tema do favoritismo é algo que está presente no jogo, e evidentemente que, por história, a Argentina ganhou Mundiais e lutou por isso, já conquistou a Copa América, e é favorita. Nós respeitamos muito a Argentina, mas, dentro do campo, vamos tentar fazer nosso jogo, competir bem e mostrar que podemos "dar guerra" a um time como Argentina", finalizou.

Qatar e Argentina se enfrentam a partir das 16h (de Brasília) pela última rodada do grupo B da competição. Colômbia e Paraguai jogam na mesma hora e dia e completam a chave. Os colombianos somam seis pontos e os paraguaios dois.